sábado, 31 de março de 2007

turning my ego up

Não tenho muita vergonha em dizer que estou numa fase pouco altruísta da minha vida. Às vezes esse tipo de bobagem se torna necessária quando sua auto-estima não está lá pelas nuvens. Daí, atitudes egoístas e pouco construtivas acabam tomando conta da situação. Não que a gente se torne escravo do 'destino'. Eu não acredito muito nele. Nós simplesmente abrimos espaço para uma gama de opções idiotas e prezamos para que elas permaneçam continuamente como as melhores escolhas do nosso caminho.

Não que isso tenha algo a ver com alguém, além de mim mesmo. Mas de quando em quando, é bom colocar isso pra fora sem ter alguém monossilábico do lado, se expressando por meio de "só!", "foda!" ou "que merda...".

quinta-feira, 29 de março de 2007

people of the universe

Não me surpreende, mas me impressiona a necessidade que nós humanos sentimos em estar com outras pessoas. Me faz refletir sobre isso a recente viagem que fiz, ao lado dos meus dois grandes amigos. Anteontem, jogando sinuca enquanto esperava meu parceiro Fernando, também pude ter um vislumbre disso tudo.

As pessoas nos olham diferente, quando estamos sozinhos e nos portamos de modo diferente. Poucos sorrisos, olhares dispersos, reflexão demais. Dá a impressão de sermos perdidos, motivo de conversas e de julgamentos prévios.

Daí chego à música. Mais me impressiona a quantidade de pessoas agradáveis, divertidas e de espírito positivo que vivem por aí, pelo país afora. A gente nunca tem a real noção de que vai sentir saudades de colegas que se tornam amigos em tão pouco tempo. O fato de termos raras oportunidades de ver essas pessoas acaba por nos ensinar a valorizar esses preciosos momentos nos quais estamos na presença delas.

Quando se é anti-social como fui até pouco tempo atrás, se tem aquela impressão estúpida de auto-suficiência e de saciedade em relação às pessoas. No momento em que essa carapaça de ilusões independentes cai, notamos que, quanto mais amigos, mais gente de valor entra na nossa vida, mais vale a pena viver.

Hoje eu queria que o mundo fosse um pouco menor.

segunda-feira, 26 de março de 2007

trippin'

E a viagem para Araraquara chegou.

Começamos cedo, na madrugada de sábado, caindo na estrada logo de cara. Comecei no volante, e fomos conversando, comendo e zuando ao som de fuckin' emocore. A diversão, claro, por conta da zuação mútua que sempre impera quando os três amigos estão reunidos.

É engraçada essa história de amizade. De repente, você se sente mais em casa no meio de pessoas que não acompanharam toda a sua vida, pelo simples fato de ter muito mais em comum com elas. Daí me lembro de uma das frases maconho-reflexivas do Planet Hemp: "Família não é sangue, família é sintonia."

A festa não lotou. Mas tinha um bom público por lá na hora do meu set. Desistimos do back-to-back em quatro decks e eu fui me aventurar. O jungle não fez o efeito que eu esperava, então foi hora de apelar para um pouco de drum'n bass e para as "cartas na manga". As que funcionaram, de verdade, foram só o bootleg de "Welcome to Jamrock" e o remix de "LK". O resto, só pareceu ter agradado mesmo aos conhecedores. Mas uma boa parte da pista se manteve dançando, o que para mim deixa um resultado positivo. Fiquei feliz, afinal. Se você agrada uns dois ou três, a ponto deles virem te agradecer, é o suficiente.

O que me surpreendeu foi a qualidade dos DJs da cidade. Sem falar na seleção de repertório. Se aquela festa acontecesse em Brasília, provavelmente seria recorde de público satisfeito. Ouvi "Gipsy Boy, Gipsy Girl", "Love Commandments", "Voodoo People", "Witch Doktor" e várias outras das quais nunca soube o nome. Todo mundo mixando bem. Clássicos mesmo. Só o que foi meio chato foi o hard techno. Achei os sets muito puxados, num som sem melodia que realmente me deixou meio sem saco. Fiquei nas vodkas, entretido entre o rebolado da grandona-de-saia-branca e as pernas da grandona-de-vestido-lilás. Mas a mais atraente, pra mim, era a japinha-de-rabo-de-cavalo-roxo. No fim da festa, resolvemos ir embora.

Na estrada, com amigos, diversão garantida novamente. No fim, é bom dar uma volta por outros lugares, conhecer gente nova, reencontrar amigos que valem a pena e viver com um pouco de irresponsabilidade. Afinal, a vida não é uma festa da qual só saíremos mortos?

"Let me take you on a journey
a journey full of sound and peace
one that'll lead you down
way down

(and the way you make me feel)"

sexta-feira, 23 de março de 2007

mornings, trips & tragedies

Já havia me esquecido de como era acordar no começo de uma manhã. Toda a beleza de ver um dia nascendo, de ver o sol crescer fraquinho do horizonte, até chegar a clarear tudo. Sair de casa enquanto a grande maioria ainda dorme. Essas coisas às quais não estou acostumado.

Ah, a quem estou querendo enganar?

Se houve mesmo uma represália divina à raça humana por conta do dito 'pecado original', o castigo escolhido foi o tal do horário comercial. Imaginem só? A morte não é a verdadeira punição. Acordar cedo sim. O sol dói mais, porque não importa para onde você se vire, ele vai estar direto no seu olho. O trânsito é um caos. As pessoas mal humoradas. As lojas ainda não estão abertas. Enfim...

Mas o pior mesmo é quando se dorme poucas horas antes dessa tragédia diária. Um cansaço sem descrição, regado a copos e copos de café. Mas mesmo agora, perto das nove horas, acho que já é hora de parar de reclamar.

Amanhã, Araraquara. Visitar amigos e conhecer um público diferente. Espero que esse público compareça. Contudo, o mais esperado é a viagem de carro. Ânimos para cima, atenção na estrada e muita zuação. Espero poder fazer o diário de viagem.

Apesar da alegria, ontem fui levado a refletir sobre algo mais sério: a nossa vida. É estranho o quão frágil somos, diante das intempéries às quais somos submetidos diariamente. Não tive um dia ruim ontem, mas duas pessoas próximas tiveram. E chegou a me afetar por serem pessoas queridas as envolvidas. Mas isso aqui não é novela, vamos poupar o drama. Afinal, pra morrer, só precisa-se estar vivo. E felizmente, ninguém morreu, ninguém vai ficar doente. Todo mundo vai ficar bem. A gente sempre fica.

quinta-feira, 22 de março de 2007

trouble

"Para maio, a única novidade é o adiamento da turnê brasileira do Incubus. Nota no site da banda californiana diz que o guitarrista Mike Einziger machucou a mão e que todos os shows até o dia 11 de maio estão cancelados, o que inclui os que o grupo faria no Brasil." FSP

Feliz? Radiante, eu diria. Já lamentava amargamente o ano de 2007 pela possibilidade de ter uma das minhas bandas preferidas no quintal de casa e não poder ir. Desculpem àqueles que já compraram seus bilhetes. Aproveitem a passagem para SP no dia 5 de maio para o Skol Beats. Ou a do Rio no dia 6 para curtir uma praia.

Mas nem só de felicidade vivo eu. A organização do Skol Beats me consultou para saber o dia mais complicado no mês de maio para mim. Quando eu disse que estaria com problemas até o dia 7 do referido mês, eles confirmaram o evento para o fim de semana anterior. E agora nem tenho idéia se vou conseguir chegar lá.

No mais, um dia normal, sem graça, tentando baixar o novo episódio de lost e atualizando o blog só pra expressar a minha bipolaridade em atenção a um final de semana de maio. Acho que a graça que falta hoje será trazida por um suculento cheese egg bacon do Marvin.

Tsc. Nothing to talk to nobody. I'm pathetic!

"We didn't have nowhere to go
waiting for the daylight to begin.
Singer, save our secular souls
how can you have hope with no God?

We didnt give a shit about what they would say...
And stayed up until the light turned our world/eyes grey.
We caned our money like it was our last day
two fingers up at those who wont miss us when we pass away"

sexta-feira, 16 de março de 2007

nobody knows nobody.

Por mais tempo que se passe com uma pessoa, nunca há como saber tudo sobre ela, conhecê-la de verdade. Todo ser humano é único. E todos os outros seres nunca irão compreender essa singularidade por inteiro, por mais que anseiem ou estudem para isso. Se tal situação fosse possível, a psicologia seria a solução mágica para os problemas do mundo.

O que quero dizer é: a gente vive muitos anos com várias pessoas e acha que as conhece. E essa nossa inocência passa a ser tão forte que mesmo aquelas novas, a quem fomos apresentados há pouco tempo, temos a impressão de conhecer, acreditamos ter noção dos seus limites. Você se encontra cerca de três vezes com alguém e cria uma imagem, positiva ou negativa, que nunca será nada perto da realidade de quem ela realmente é.

E é desses encontros rápidos, das pessoas que pensamos conhecer em pouco tempo, de quem falo.

No fundo, isso é até um pouco divertido. A surpresa, seja para bem ou mal, vejam, me traz um prazer tremendo. E costuma acontecer na hora em que você mais precisa desse tipo de volúpia. O mais divertido é quando a novidade chega em forma melodramática, semi-cinematográfica, desenhada como ninguém a esperava em uma trama digna de Hollywood. O desfecho traz mais diversão ainda. Sim, eu me divirto com a contradição.

Por fim, o que quero dizer é que não conhecer as pessoas é algo necessário à condição humana e aceitar esse fato, pode trazer bons momentos de diversão, num futuro nada distante. E isso me mostra, cada vez mais que a superada idéia de que "a primeira impressão é a que fica", não passa de conversa de comercial de TV.

quinta-feira, 15 de março de 2007

the used

Hoje acordei com uma vontade imensa de ouvir The Used. Acabei só realizando o desejo em casa, agora, durante a madrugada. Mas sei bem o que me motivou. Acredito que seja uma espécie de saudosismo de coisas boas que passaram. Coisas próximas.

Esse tipo de saudosismo é, sem dúvidas, causado por motivos mais que óbvios. Durante muito tempo estive acostumado à uma vida à qual resisti, nos primeiros momentos. Mas após algum tempo, consegui aceitar e até aprendi a gostar desse novo prisma pelo qual passei a ver as situações.

Contudo, o que me parece é que de tempos em tempos, a vida sacode a gente, pra termos mesmo a sensação de estarmos vivos. Chacoalha o trabalho, a família, tudo enfim, até chegar à vida emocional. Eu não queria esse 'sacode', mas ele veio e me pegou. Nessa hora, a gente perde noção das convicções (aliás, convicção é quase sempre um erro; certeza demais é coisa de gente que se abstém de um pouco de raciocínio). E quando toca essa parte delicada, quase sempre alguém sofre.

Eu sofro. Não sou de ferro. E sofro até mais, por às vezes demonstrar uma sobriedade que não me é puramente verdadeira. Mas paciência.

Só que algum desses filmes de super-herói me ensinou a valiosa lição de que a gente cai, pra aprender a se levantar. Então é assim mesmo. Hoje, me sinto um pouco mais sóbrio e seguro para ser (também um pouco) mais sincero com quem me conhece e me lê. E esse é o melhor passo para fugir da hipocrisia necessária (para mim).

Queria mudar de assunto, mas não cabe. Sofrer ajuda, às vezes.

Cantar ajuda mais.


"
I need something else
Would someone please just give me
Hit me, knock me out
And let me go back to sleep
I can laugh
All I want inside I still am empty
So deep that it didn't even bleed and catch me I...

I'll be just fine
Pretending I'm not
I'm far from lonely
And it's all that I've got
"

domingo, 11 de março de 2007

living for the weekend

Sabe que essa história de ressaca nem me desmotiva mais a tomar alguns goles? Esse tal do álcool parece ser um aditivo impressionante para dar uma chacoalhada na noite. Ontem, experimentei algumas misturas - embora ainda não tenha conseguido ver graça no gosto da cerveja - e me diverti um bocado.

E talvez nem seja mesmo um problema. Quando acordo, o apetite está a mil e acabo comendo toda a comida que aparecer na frente.

Quanto à festa ontem, foi um tanto surpreendente. Gostei da pegada dos dois sets de breakbeat. LuiJ tocou muita coisa diferente e me agradou muito. E Vega, apesar do começo que não fez muito a minha cabeça, trabalhou direitinho e fez um set recheado dos soulfuls que eu gosto de ouvir.

Quanto ao A.I., não saberia elogiar muito a primeira parte. Aquele som deep não deveria ter perdurado por tantos minutos, como perdurou. Foi meio estranho. A impressão que me deu é que a grande maioria dos gringos demora um pouco a notar uma situação difícil durante o set até começar a tentar melhorar as coisas. Ponto pros brasileiros que tem um 'timer de feeling' um pouco mais apurado. Já a segunda parte, começou com sons mais gostosos, com groove e grave gorduroso e realmente me fez dançar. Mesmo com uma seqüência daqueles jump ups dos quais não faço muita questão, chegou em boa hora.

Descanso agora, só semana que vem. Hoje é domingo e quero sair desse quarto quente.

"Out there tonight
Is the night of my last got my name on
Run down my street adidas on my feet
I’m on fire

Working all the time
Work is such a bind
Got some money to spend
Living for the weekend
When it gets too much
I live for the rush
Got some money to spend
Living for the weekend"

sábado, 10 de março de 2007

trabalho braçal não é de Deus

O cômico da noite de ontem foi o trabalho inesperado para socorrer uma amiga e seu pneu furado. Pra não fugir às leis de Murphy, ela fez o favor de estar com o estepe devidamente 'no prego'. Logo, trabalho sinistro (quando se é magro, todo trabalho é sinistro). Comecei com o estepe do meu carro (que para ser retirado, é uma cruzada sem fim), tentei colocá-lo e não coube. Enchi o estepe furado do carro dela e descobri que o macaco não erguia o carro o suficiente. Consegui uma pedra (que deve virar equipamento obrigatório no carro dela) e consegui encaixar a roda. Enchemos o pneu de novo, pra evitar maiores trabalhos e fim. Mas o mais difícil foi fazer a mulher parar de chorar... =P

O braço dói um pouco, pelo trabalho que meu esquálido corpo teve para fazer todo esse serviço. E provavelmente precisarei de uma manicure pra tirar tanta poeira debaixo das minhas unhas.


E o tal do last.fm deveria ser considerado o melhor amigo do homem. Por ele dá pra descobrir muita banda boa, muito som legal, buscando por bandas similares às que a gente ouve. Recomendo. Uma das minhas bandas 'dahora' foi indicada por ele. Mas a mais-mais foi pelo amigo André, mesmo. The Sounds. Foda!


Hey, let's kick it
Stop, just lick it
let you start it
'cause 'cause it's so easy
you like it my way
and I know it
so let's do it
do it do it real good
ha, it's sweaty
now, I'm ready
just take it off
cause cause you tease me

This song is not for you lovers
don't stop push it now
and I will give it all to you
don't just stop now
and try to give it all up

quarta-feira, 7 de março de 2007

let's go

"Acordou com aquele gosto azedo na boca. Nem quis experimentar o cheiro do próprio hálito, por pura precaução. Mais uma manhã igual. Aliás, ao olhar para a rua e perceber o sol alto, notou que a manhã já havia passado. Pela posição do sol, imaginou ser pouco mais de meio-dia. O desjejum-almoço seria um bom copo de café puro, requentado no microondas. Mais um dia igual.

O pó de café era pouco, mas assim foi. A água suja deixava um leve gosto dos grãos marrons e se misturava ao bafo matinal. Cada dor sentida na língua e na garganta, provocada por goles ferventes, despertava uma parte do corpo. Deveria entregar a matéria em duas horas e nem havia aberto o editor de textos. O computador permanecera ligado durante toda a noite e a lista de downloads estava recheada de pornografia nacional.

Durante cerca de nove minutos, só o que fazia era piscar avidamente e bocejar. O café fez efeito. Agora desperto, começou a digitar. O texto se encorpava rapidamente, com a facilidade dos que escrevem histórias de ficção. Todos os fatos pareciam se coordenar em sua cabeça e a tecitura de dava de maneira harmoniosa. Cada passagem entrava na fila que trazia estímulos aos dedos ávidos. Já imaginava a série de elogios ocultos e diretos que receberia. Mais café.

Sentiu uma pontada no lóbulo frontal. Talvez fosse só impressão. Imaginou - erroneamente - que era a necessidade do primeiro cigarro do ciclo, já que não conseguia organizar sua vida em dias. Sim, ciclos. "Estou acordado. Durmo. Fim de um ciclo. Acordo. Começo de um novo." E assim clicava freneticamente nas teclas leves do seu macbook. Não ganhava muito dinheiro com esse trabalho bem feito, afinal, como poderia ser um escritor atormentado sem ser explorado pelo seu editor vigarista? O macbook era um presente de uma antiga namorada, com a qual não chegou a ir pra cama por simples nojo. Respirou. Parou de refletir por um segundo, claro: sem parar de digitar.

Pigarreou e cuspiu na mesa. Quase acertou a mosca pousada à beira do prato sujo que jazia ao lado do copo de café. Lembrou que não comia há quase 14 horas. Levantou e foi à cozinha. Rapidamente, retornou com um macarrão instantâneo cru. Mastigava levemente, apreciando o quebrar dos fios ainda duros. Digitava.

Estava pronto. Seu texto acabaria por provocar a desgraça de alguém. "Mas cada um é responsável por seu próprio destino", acreditava. Respirou e mandou o e-mail. Pensou em voltar a dormir, mas o telefone tocou. Acendeu outro cigarro, antes de atender. A voz feminina do lado lhe trazia uma vaga lembrança de outros tempos. Desligou sem responder nada. Uma vertigem lhe acometeu e deixou de lado o copo de café. Resolveu que precisava de ar. Saiu à rua."


Há dias em que a gente nem sabe o porquê de digitar tanto. A história não faz muito sentido, mas sai. Hoje me parece ser um dia bom, apesar do sono. Em um dia feliz, notei que gosto de criar uma desgraça fictícia para balancear a euforia. Não sou bipolar. Talvez emo. Mas me divirto em escrever coisas sem sentido nenhum, às vezes. Deve ser influência de The Cure.

"Let me take your hand
I'm shaking like milk
Turning, turning blue
All over the windows and the floors
Fires outside in the sky
Look as perfect as cats
The two of us
Together again
But it's just the same
A stupid game

But I don't care if you don't
And I don't feel if you don't
And I don't want it if you don't
And i won't say it
If you won't say it first"

domingo, 4 de março de 2007

special place

Às vezes a vida parece ser um grande bocado de lugares comuns. As coisas se repetem com uma freqüência relativa, mas na maioria das vezes soam como se repetissem sempre.

Mas de quando em quando, tenho a oportunidade de presenciar algo diferente, que - geralmente - me alegra. Ontem foi um dia desses. Foi dia de Laboratório.

Eu já tinha, claro, expectativas. Mas elas foram superadas way ahead. Foi algo em torno mesmo do inesperado. Meu grande amigo Poeck me convidou para fazermos um back-to-back (uma apresentação em dupla). Nunca havia experimentado esse tipo de apresentação a sério, com o compromisso de agradar uma pista. E foi tudo 'muito sensacional'.

Começamos tocando, conversando e vendo aonde íamos chegar... No começo, algumas batidas de cabeça espantaram nosso público. Mas depois de meia hora, resolvemos acertar e foi tudo melhor que a encomenda. Saí de lá feliz. Impressionante como a música me alegra. Como ouvi, o fim do Lab "é sempre a melhor parte". ;]

E isso me lembra que também refleti, no começo do set sobre o caminho percorrido até aquele momento. Em um instante, eu era pista. A primeira pessoa a chegar a ele, o ídolo, e fazer uso do nome "drum'n bass". E Poeck, um belo dia, passa de ídolo a amigo próximo. Alguns anos mais e descobri o DJ. Acho que ser DJ é assim mesmo, como homossexualidade. Você não "vira" DJ. Você nasce e descobre ele dentro de você. Se você não nasce, você morre tentando, mas não "vira".

Ainda bem que descobri que dentro de mim, havia só o DJ! (Sim, eu gosto de mulher. E de música.) =P

Enfim. O que parecia distante, agora é corriqueiro. O Laboratório é a minha casa.


"Most of us have a special place we like to visit,
because we actually feel good being there.
What we hear in that place has a lot to do with it.
If the sounds are soothing our pulse rate drops,
our muscles relax, we feel in peace.

All too often though, when we stop to listen to great music,
we settle for sound that's only average...

What great music deserves is full deep bass
to get it warmth!
"