quinta-feira, 26 de julho de 2007

gosto esdrúxulo

Essa história de não ter sistema de som no carro tem mesmo seus dois lados.

O lado ruim é sentir falta de uma trilha sonora diária, acompanhando cada itinerário. Como eu dirijo no mínimo uns 70 quilômetros por dia, seria uma boa saída para relaxar. Se bem que eu relaxo quando dirijo, então talvez o gasto não seja tão necessário assim.

Mas o lado bom me motiva ainda mais a não me preocupar muito com isso. Tenho uma facilidade absurda para memorizar letras de músicas idiotas e fáceis, a maioria que não agrada ao meu gosto. Quando se tem som no carro, fatalmente a gente se pega ouvindo rádio. E é aí que mora o perigo.

Paro por um momento, pensando, viajando nas paisagens da minha cidade horizontal e no momento em que me dou conta, percebo que estou cantarolando alguma coisa da qual nem gosto, mas, surpreendentemente, sei toda a letra.

Os amigos que me acompanham em algumas das voltas pela cidade é que sofrem. E como os exemplos são sempre a melhor maneira de ilustrar algo, fica abaixo o meu top three das últimas duas semanas, ou seja, as últimas pérolas que eu desenterrei cantando enquanto dirigia (ainda bem que eu não ouço as FMs hoje...).

1 - Meu Vaqueiro, Meu Peão - Mastruz com Leite
2 - Panela Velha - Sérgio Reis
3 - Hoje Eu Vou Pagodear - 100%

É por isso que eu odeio e evito ouvir funk. =]

quarta-feira, 4 de julho de 2007

sobre boas maneiras

Por que precisamos dessas tais boas maneiras?

Ontem, durante o horário do lanche, pude perceber um olhar curioso de uma criança em minha direção. No exato momento que notei o guri, ele perguntava para a mãe o porquê de ele não poder colocar os cotovelos sobre a mesa enquanto alguém do lado podia. A mãe ficou numa bela saia justa, pois não conseguiu explicar para ele por estar próxima a mim e pelo medo de uma retratação da minha parte. No fim das contas, a minha vontade era dizer pra ele que o único certo da história era ele mesmo, por questionar essas bobagens que a gente ouve e tem que seguir.

Cotovelo em cima da mesa, para mim, é sinal de conforto e não de falta de educação. É aquela velha história dos costumes... Se todo mundo fosse ensinado desde criança a colocar brincos nas sobrancelhas, furar a orelha seria coisa de gente underground, e a abominável prática de perfuração auricular seria considerada hedionda por todas as tradicionais famílias brasileiras. Viver em sociedade é mesmo uma merda.

"And if a double-decker bus crushed into us
To die by your side It's such a hevently way to die
And if a ten-ton truck kills the both of us
To die by your side
Well the pleasure and the priviledge it's mine
"