segunda-feira, 30 de abril de 2007

adjetivos indesejáveis

Tem dias em que a gente não quer ver muita gente, não quer muita agitação. Só pra aproveitar um pouco a depressividade de não se fazer nada. Ser feliz demais não tem graça.

Daí já vem o gancho que me leva a lembrar de duas 'qualidades', na verdade apenas adjetivos, que me fazem ter preguiça de algumas pessoas. Os dois verbetes constam na letra "E" do papai dos burros.

O primeiro deles (dos adjetivos) é 'Expansivo'. O dicionário o define como 'franco, comunicativo'. Ao meu ver, define sim essa habilidade comunicacional, mas de maneira exagerada. Aliás, exagero também começa com "E". Enfim, eu tenho uma profunda preguiça de pessoas expansivas, que chegam e acham que são donas dos lugares, que falam alto, gritam pra chamar a atenção pra si, ligam o som a todo o volume e por aí vai. Essas pessoas deveriam voltar algumas páginas do amado Aurélio e optarem pelo adjetivo 'discreto'.

O outro é 'Efusivo'. Na verdade, são sinônimos, mas a efusividade caminha mais para o lado da alegria excessiva. Alegria é algo necessário para a vida. Mas além de não ter o menor saco para felicidade incontrolável, eu desconfio das pessoas felizes demais. Elas se mantém sempre alegres o suficiente para parecerem não ter motivos para sofrer ou ficarem sérias. Daí a minha desconfiança. Felicidade demais, pra mim é sinônimo de morte próxima. Se tudo anda certo demais na sua vida, amigo, comece a olhar por cima de seu ombro. Algo está a caminho. Mas pode ser apenas pra quebrar a felicidade, né? Nada tão negativo.

domingo, 29 de abril de 2007

no words

Às vezes a gente não tem muito a dizer. Uma boa saída é a música que a gente tá ouvindo na hora.

"Got a big plan, this mindset maybe its right
At the right place and right time, maybe tonight
And the whisper or handshake sending a sign
Wanna make out and kiss hard, wait nevermind

Late night, and passing, mention it flipped her
Best friend, who knows saying maybe it slipped
But the slip turns to terror and a crush to light
When she walked in, he throws up, believe its the fright

Its cute in a way, till you cannot speak
And you leave to have a cigarette, your knees get weak
An escape is just a nod and a casual wave
Obsessed about it, heavy for the next two days

It's only just a crush, it'll go away
It's just like all the others it'll go away
Or maybe this is danger and you just don't know
You pray it all away but it continues to grow

I want to hold you close
Skin pressed against me tight
Lie still, and close your eyes girl
So lovely, it feels so right

I want to hold you close
Soft breasts, beating heart
As I whisper in your ear
I wanna f*cking tear you apart"

quinta-feira, 26 de abril de 2007

ain't life sweet?

Em um curto espaço de quatro meses:
> perdi R$ 1.250,00 num negócio furado;
> fui enrolado um mês pelo extra (pra entrega deste computador);
> perdi a namorada (=~);
> fui enganado por uma mulher picareta;
> caí de patins;
> perdi a carteira (mas achei, ufa!);
> bati o carro.

2007 é o ano da bruxa solta, oficialmente. Maaaaaaas, ainda assim, consigo guardar um sorriso sincero para todos os dias.

"They tell me life is beautiful.
Life is a beautiful thing."

quarta-feira, 25 de abril de 2007

positive vibes

Ontem assisti "O Segredo". É um documentário sobre atrair coisas boas para a vida. E logo no dia seguinte, já passo pelos meus testes, daqueles que aparecem pra gente ver se entendemos mesmo o espírito da coisa e por em prática o uso desse 'segredo'.

Comecei perdendo minha carteira. Fui encontrá-la no Giraffas da 209 norte, onde tinha lanchado na noite anterior. Ainda existem pessoas boas por aí e elas não são poucas. Tudo no lugar. As boas vibrações funcionam mesmo.

E agora há pouco bati o carro. Vamos colocar esses ensinamentos em prática, né?

Para o alto e avante. Afinal, acabo de receber uma ótima notícia: toco na Tech-Tronic desse ano. Sempre acontece algo de bom. A gente só tem que desanuviar a mente pra poder enxergar.

A música de agora eh a que vai ficar pro post:

"Seemed to stop my breath
My head on your chest
Waiting to cave in
From the bottom of my...
Hear your voice again
Could we dim the sun
And wonder where we've been
Maybe you and me
So kiss me like you did
My heart stopped beating
Such a softer sin

(I'm melting, I'm melting)
In your eyes
I lost my place
Could stay a while

And I'm melting
In your eyes
Like my first time
That I caught fire
Just stay with me
Lay with me
Now"

segunda-feira, 16 de abril de 2007

O que nos liga é a música!

Eu não sei porque até hoje não discorri exaustivamente sobre este vídeo. Talvez por pura displiscência.

O documentário "O que nos liga é a música" foi idealizado pelo meu amigo Thiago Falcão. Ele trabalhou em cima da idéia que é slogan do DNB Online (de fato, nem sei se a idéia dele que acabou virando slogan). Na verdade, não dá pra discorrer muito sobre o vídeo. Ele é tão envolvente e interessante pra quem participa de qualquer tipo de cultura musical, que não requer muita conversa. Assistam aí, em duas partes. 15 minutinhos.

Parte I


Parte II




PS.: Não, eu não uso drogas. Aquela cara era ressaca de sono.

domingo, 15 de abril de 2007

roller life

Cansado e suado depois de uma andada por toda a asa sul de patins, só o que resta é tomar um banho, deitar e relaxar. Não creio que haja melhor maneira de se recuperar de uma bela ressaca.

Mas voltando à vida sobre rodinhas, havia tempo que não descobria algo novo para fazer que me agradasse tanto. Me lembra as primeiras vezes em que me aventurei nos meus rollerblades... Já contabilizava cerca de seis anos sem essa brincadeira e eu, velho e bobo, morria de vergonha de andar na rua com aquele aparato de iniciante. Mas assim mesmo fui e me diverti.

Agora, com mais dois amigos me acompanhando, a brincadeira ficou muito mais divertida. Mesmo depois de termos completado a trilogia dos tombos que começou comigo, passou pelo Anderson ontem e culminou hoje, com um Fernando executor de saltos mortais.

Mas a vida é assim mesmo. A gente cai pra aprender a levantar.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

smashing it up

Dia de Laboratório é sempre incomum. Minha noção de surpresa acaba sempre mais positiva a cada festa como essa.

Abri, desorientado, ainda procurando o que tocar até a hora em que sobrasse algum resquício de tempo meu com a pista. Acabou que sobrou tempo mesmo.

Com a presença de um gringo no recinto, confesso que fiquei meio assustado. Surpreendente foi a reação do nosso ilustre convidado ao meu sou e ao frenesi que ele causava na pista. Deve ser estranho: você cria um som, do outro lado do mundo; nasce com ele toda uma cultura, que ultrapassa os 15 anos de existência; e o começo desta cultura, descansa em lembranças de pessoas por todo o mundo; de repente, você se vê numa festa, no meio do nada, num lugar em do qual nem se tinha conhecimento e as pessoas conhecem e apreciam aquela cultura; aquela mesma resposta às mesmas músicas que jovens ingleses ouviam há 15 anos atrás se repete, com gente que acabava de sair do jardim de infância naquela época.

Silver cantou boa parte das músicas do meu set. Covardia minha, né? Mas o que ficou claro e mais me realizou foi a surpresa do inglês ao notar naquela pista jovem, o mesmo amor e a mesma alegria de junglists do Reino Unido.

De quebra, ganhei três rewinds e um caloroso "you smashed it!", do inglês suado, logo após o seu set sinistro. Foi dançante ao extremo.

De resto, o álcool e a presença dos amigos é sempre bem-vinda. Todas pessoas muito queridas que fazem cada dia de Laboratório ser um dia mais que especial.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

sem clipes e sem conteúdo

Um dos passos que garante alguns poucos minutos de besteirol televisivo na minha rotina diária é a hora do almoço. É o único tempo que reservo para sentar diante daquela caixa idiotizante da qual tanto fazemos questão.

Ultimamente, tenho reservado esses momentos para a Liga da Justiça. Não encontrei programa melhor para substituir esse desenho, nos vinte e poucos minutos que gasto para processar meu prato generoso. Mas como o SBT nem sempre ajuda, acabo tendo que dar uma zapeada em busca de alternativas aos episódios em reprise. E a MTV sempre me pareceu uma boa saída.

O grande problema é que eu sou daqueles poucos (?) apreciadores de clipes na TV. Não tenho muita paciência para procurar coisas no You Tube e acho interessante a aleatoriedade das seleções nos programas porque, muitas das vezes, a gente acaba conhecendo por acidente uma nova banda, que nos seduz.

Em dezembro do ano passado a emissora anunciou o fim dos clipes. Controverso, mas explicado com a desculpa de que os espectadores não têm mais nenhum motivo para dar audiência aos vídeoclipes por conta da facilidade em encontrá-los na Internet. Claro, como se todo mundo tivesse acesso (ou como se as gravadoras não ficassem proibindo clipes no YT). Mais uma forma de exclusão social.

Só que a pior parte mesmo é a grande quantidade de programas desprezíveis que a emissora conseguiu trazer para a programação, em substituição aos clipes. Tudo lixo pronto, trazido da América de Bush, com direito a toda a sorte de esquisitices. Hoje, por exemplo, assisti a um 'show' chamado "Why can't I be you?" ("Por que não posso ser você?"). O nome já me irritou, pois foi claramente plagiado de uma canção do Cure. O programa consiste em uma pessoa que 'admira' outra e gostaria 'ser como ela'. Lixo.

Lá se vão as poucas oportunidades de conhecer sonoridades novas. Sem vídeoclipe, o jeito é ficar com Last.fm.

terça-feira, 3 de abril de 2007

a natureza da experiência

É interessante passar por uma mudança radical de rotina depois de tanto tempo vivendo de uma maneira. A gente aprende a valorizar algumas coisas e se desprende de muitas outras. Toda a reviravolta na história da vida parece abrir algumas portas e aguçar sentidos.

Para mim, o interessante é experimentar algumas coisas novas como um certo desapego a certas responsabilidades e acompanhar o surgimento de novas maneiras de ver as situações. É bom estar novamente vendo os dias como novidades. Mesmo que acabe sentindo falta de certos prazeres emocionais.

"We've got our tracks covered
Thanks to your older brother
It's not the moonlight that sets me off
It's not the money that makes me scoff

It's my impeccable disorder
Where I keep on falling for her
It's not the way my mother talks
It's not the people that she mocks

It's the nature of the experiment
It's the patterns of my temperment
They're taking me in increments "