segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

novo ciclo

Eis que mais um ano chega ao fim. Refletindo brevemente sobre 2007, poderia julgar o ano como um ciclo de aprendizado. Algumas coisas a gente aprende rápido, de boa vontade. Mas outras coisas a gente aprende na pancada. Os dois meios podem ser eficazes, mas o último deles sempre é mais rápido.

De fato, conheci muita gente nova e muitas coisas aconteceram. Redescobri amigos, visitei lugares e toquei em algumas festas. Nada se compara à presença dos amigos como companhia em todas essas viagens e passagens por lugares. Eu realmente não gosto de ver o tempo passar ficando à toa. A agenda tem que estar meio cheia, senão fico com aquela sensação idiota de que estou perdendo tempo e não estou vivendo da melhor maneira possível.

Talvez seja sinal da idade ou de uma espécie de maturidade que ainda não reconheço completamente, mas é, definitivamente, um periodo de descobertas que me agrada. Espero que 2008 traga uma reprise de muitos momentos bons que tive nesse ano e traga algumas boas surpresas e novidades. As coisas ruins que aconteceram magoaram, feriram, mas a gente cai pra aprender a se levantar. É isso, aqui estou, ainda de pé.

Desejo a todos aqueles que fazem parte da minha vida um 2008 com tudo aquilo que desejo pra mim! Good vibes, baby!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

living for the weekend pt. 2

A graça de um fim de semana é diretamente proporcional à quantidade de gente divertida, simpática e interessante que a gente encontra. É animadora uma volta por uma festa onde a gente se sente em casa. Eu falo isso do Laboratório porque é uma família divertida, que se encontra uma vez por mês. Quem vai pela primeira vez - como aconteceu com um amigo meu, a quem convidei - e é uma pessoa de mente aberta, acaba compelido a voltar.

Claro que tem muita gente que vai e não volta mais, porque se assusta com uma coisa ou outra, ou não está preparado para ir a um lugar onde as aparências não ficam necessariamente em primeiro plano. Os caras vão pra dançar, as minas também. Olha que esquisito (para a maioria) né?

Minha casa! =]

terça-feira, 13 de novembro de 2007

jungle rock

Se a minha viagem acabasse hoje, já teria valido a pena. Em dois curtos dias, já conheci muita gente que só existia pela internet e andei um bocado, uma boa passeada por lugares divertidos com pessoas interessantes. Não que Brasília não tenha isso, mas eu bem carecia de uma mudança de ares. E acabei em São Paulo, um zoológico humano que me seduz de maneira quase indescritível.

Tem festa boa de música eletrônica quase todo dia por aqui. Com gente grande e famosa que traz sons de qualidade. E quando não tiver algo que apeteça, com certeza há um bom lugar para sair para comer com os amigos. Eu tive saudade de Brasília no sábado, mas seriam só algumas horas e a variada compensou mais que a repetição.

É ótimo virar esquinas desconhecidas, cruzar com pessoas que não verei nunca mais, rir de piadas novas e rever gente que vale a pena ser revista. Nada como viajar para uma selva de pedra.

Coisas para se fazer e se sentir numa cidade grande:
- andar de metrô contra o fluxo do rush;
- andar na Av. Paulista no frio, na hora do almoço;
- subir a Augusta depois das nove da noite, na hora em que tudo tá se transformando;
- não conseguir ver um céu exatamente limpo;
- ter festas boas, com várias opções todas as noites;
- ir à lojas inusitadas, com coisas diferentes e não resistir.

domingo, 21 de outubro de 2007

sobre skins

O gostoso de assistir a esse seriado é que as minhas expectativas eram baixas, achei que fosse acompanhar uma versão inglesa de 'Malhação', mas resolvi seguir a indicação do amigo Andy. Eis que me deparei com uma versão teen de 'Californication'.

É realmente sobre jovens, sobre seus desencontros, sobre suas aflições, enfim, quase tudo como em 'Malhação'. Mas a vantagem é que não é feito para criar uma juventude idiota que pensa que nenhum jovem transa ou faz coisas idiotas.

Trailer:


Eu recomendo para qualquer um, são apenas nove episódios cheios de coisas que realmente acontecem com jovens. Algumas são meio fora da realidade, claro, afinal é tudo ficção. Mas vale a pena o tempo gasto com downloads e tudo mais. Destaque para o último episódio. O final é divertidíssimo. Pra lembrar, a trilha sonora é:

"Now that I've lost everything to you
You say you wanna start something new
And it's breakin' my heart you're leavin'
Baby, I'm grievin'
But if you wanna leave, take good care
Hope you have a lot of nice things to wear
But then a lot of nice things turn bad out there

Oh, baby, baby, it's a wild world
It's hard to get by just upon a smile
Oh, baby, baby, it's a wild world
and I'll always remember you like a child, girl

You know I've seen a lot of what the world can do
And it's breakin' my heart in two
Because I never wanna see you sad, girl
Don't be a bad girl
But if you wanna leave, take good care
Hope you make a lot of nice friends out there
But just remember there's a lot of bad and beware

Baby, I love you
But if you wanna leave, take good care
Hope you make a lot of nice friends out there
But just remember there's a lot of bad and beware"

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

wtf

É possível estar cercado de gente por todos os lados e ainda assim se sentir, às vezes, sozinho? Vazio estranho o que senti hoje, uma sensação de distância de todo mundo que está ao redor e ao mesmo tempo uma angústia sem explicação.

Isso é sempre culpa da trilha sonora.
Virando o disco, agora.

domingo, 14 de outubro de 2007

sobre tropa de elite

Ok, é uma produção bem feita. Mas não foge em nada à escola norteamericana de cinema. Os diálogos totalmente planejados, como em todo bom blockbuster, são previsíveis, como o discurso do comandante, na celebração de início do curso para preparação do BOPE. Nada que realmente soe realista. O realismo, como em todo cinema brasileiro, só funciona de fato quando entra em cena a parte violenta do filme. Sim, nós devemos mesmo ter talento para a agressão, pois essa parte sempre soa real.

Talvez essa veia violenta me assuste ainda mais, quando ocorrem reações como a que o público tem durante a projeção. Imaginem: ver um garoto beirando seus 15 anos, sendo sufocado, espancado e destratado, até o ápice da ameaça de estupro por um cabo de vassoura enquanto todo o público ao seu redor sorri, como se de fato estivesse ouvindo uma piada. É triste pensar que pode-se viver numa sociedade que se diverte com a miséria e a humilhação alheia. Dói um pouquinho até.

E acreditem: a parte boa fica pela quantidade excessiva de palavrões e por todos os chavões que acabam mesmo virando piada, por serem frases ridículas ou extremamente originais, mas todas com alto teor de sarcasmo e um leve senso de justiça.

Quanto ao sucesso, não sei se veio em decorrência à baixa qualidade do cinema nacional ou aos exageros do cinema estrangeiro. Só sei que no fim das contas, "Tropa de Elite" é mesmo um dos melhores filmes brasileiros. E isso também me entristece. Conseguiremos nós, os brasileiros, fazermos uma comédia ou um terror que preste ou vamos ficar só refilmando tragédias do dia-a-dia pra tentar entrar no Oscar?

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

já acabou?

Comecei a lê-lo na segunda, não o li ontem e terminei hoje. Dois dias. Há tempos não devorava um livro com tanta avidez. Sabe aquelas histórias que não falam nada, sobre nada, nada acontece, nada muda, tudo se repete? Pois é. E mesmo assim consegue ser beeeem interessante. É divertido ler frases curtas que trazem detalhes exagerados. No fim, gostei muito do texto.

Vai uma boa parte:

"Amanhã é domingo. Não. Hoje é domingo. Deve estar para amanhecer. De noite bebemos um pouco e fomos deitar tarde, talvez à uma ou duas da manhã, meio bebadinhos. Me levanto, vou à cozinha. Como sempre, há baratas passeando e elas se escondem quando acendo a luz. Tomo água. Apago a luz. Vou ao banheiro e urino enquanto olho pela janela aberta. No telhado do vizinho, a poucos metros de mim, está um sujeito agachado, se mexendo para a frente e para trás. Fico observando com calma. A noite está clara e vejo só o seu perfil recortado contra umas mangueiras e abacateiros mais adiante. É, é um homem. Termino de urinar. Sacudo bem e deixo que fique pendurado. Estou nu. Me aproximo da janela. É, não há dúvida, é um sujeito jovem e magro que se mexe para a frente e para trás, como se estivesse olhando alguma coisa no quintal dos vizinhos e se escondesse de novo. Deve ser um ladrão ou um punheteiro. Sem pensar, grito para ele:

- Fora daí, filho-da-puta, ladrão, punheteiro, descarado! Fora daí!. Te corto a cabeça, espera que pego um machado e vou te cortar a cabeça!

Ele girou a cabeça lentamente e olhou para mim. Era um gato. Não se mexeu do lugar. Continuou imperturbável e eu olhei melhor."

Ainda bem que pela primeira vez na vida, comprei dois livros juntos. Vamos ao outro...

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

mais um anti-herói

Uma das coisas que definitivamente tenho em comum com o amigo Falcão é o gosto pelos anti-heróis. Eu já mostrei aqui mesmo grande apreço por um deles, talvez o mais sinistro.

E volto pra manifestar toda a minha empatia com mais um. Californication é a nova série no rol de favoritos. Foi-me apresentada pela minha querida e com o episódio piloto já é uma das essenciais.

A trama: Hank Moody, representado por David Duchovny (o agente Mulder de "Arquivo X"), é um escritor, autor de um best-seller só. Depois de ter sido traído e abandonado pela noiva, com quem tem uma filha, resolve gastar todo o seu tempo seduzindo mulheres e insultando pessoas. Para melhorar a trama, sua filha, pré-adolescente, começa a se envolver com drogas e sexo, seguindo o bom exemplo do pai.

O piloto foi mais que suficiente para me fazer apaixonar por mais um cretino sacana, que faz piada de quase tudo ao seu redor. Claro que ele também tem um lado idiota, carente e sensível, mas quem não tem? Recomendadíssimo, mas tirem as crianças da sala. Hank transa quase o tempo todo e o camera man não poupa muita coisa.

O Trailer:

quinta-feira, 26 de julho de 2007

gosto esdrúxulo

Essa história de não ter sistema de som no carro tem mesmo seus dois lados.

O lado ruim é sentir falta de uma trilha sonora diária, acompanhando cada itinerário. Como eu dirijo no mínimo uns 70 quilômetros por dia, seria uma boa saída para relaxar. Se bem que eu relaxo quando dirijo, então talvez o gasto não seja tão necessário assim.

Mas o lado bom me motiva ainda mais a não me preocupar muito com isso. Tenho uma facilidade absurda para memorizar letras de músicas idiotas e fáceis, a maioria que não agrada ao meu gosto. Quando se tem som no carro, fatalmente a gente se pega ouvindo rádio. E é aí que mora o perigo.

Paro por um momento, pensando, viajando nas paisagens da minha cidade horizontal e no momento em que me dou conta, percebo que estou cantarolando alguma coisa da qual nem gosto, mas, surpreendentemente, sei toda a letra.

Os amigos que me acompanham em algumas das voltas pela cidade é que sofrem. E como os exemplos são sempre a melhor maneira de ilustrar algo, fica abaixo o meu top three das últimas duas semanas, ou seja, as últimas pérolas que eu desenterrei cantando enquanto dirigia (ainda bem que eu não ouço as FMs hoje...).

1 - Meu Vaqueiro, Meu Peão - Mastruz com Leite
2 - Panela Velha - Sérgio Reis
3 - Hoje Eu Vou Pagodear - 100%

É por isso que eu odeio e evito ouvir funk. =]

quarta-feira, 4 de julho de 2007

sobre boas maneiras

Por que precisamos dessas tais boas maneiras?

Ontem, durante o horário do lanche, pude perceber um olhar curioso de uma criança em minha direção. No exato momento que notei o guri, ele perguntava para a mãe o porquê de ele não poder colocar os cotovelos sobre a mesa enquanto alguém do lado podia. A mãe ficou numa bela saia justa, pois não conseguiu explicar para ele por estar próxima a mim e pelo medo de uma retratação da minha parte. No fim das contas, a minha vontade era dizer pra ele que o único certo da história era ele mesmo, por questionar essas bobagens que a gente ouve e tem que seguir.

Cotovelo em cima da mesa, para mim, é sinal de conforto e não de falta de educação. É aquela velha história dos costumes... Se todo mundo fosse ensinado desde criança a colocar brincos nas sobrancelhas, furar a orelha seria coisa de gente underground, e a abominável prática de perfuração auricular seria considerada hedionda por todas as tradicionais famílias brasileiras. Viver em sociedade é mesmo uma merda.

"And if a double-decker bus crushed into us
To die by your side It's such a hevently way to die
And if a ten-ton truck kills the both of us
To die by your side
Well the pleasure and the priviledge it's mine
"

quarta-feira, 27 de junho de 2007

scoop

Bom, eu não conseguiria escrever uma crítica jornalística exagerada sobre esse último filme de Woody Allen, contemplando todas as nuances da resenha especializada. Mas eu conseguiria dizer que é um filme divertido, fácil e que entretém.

Ora, que ódio é esse que os especialistas em cinema têm de uma comédia sem grandes pretensões. E cá entre nós, Allen está mais que hilário no papel de um velho mágico, cheio de cartas e truques. Sem contar com a presença de Scarlett Johansson, que mesmo de óculos redondos, não deixa de ser a mulher mais sexy da atualidade.

Quanto à vida, tudo anda, tudo muda e vamos pra frente. Parece que há uma boa nova, para agosto. Uma gig daquelas...

=]

quarta-feira, 6 de junho de 2007

will work for music

"You almost always pick the best time,
to drop the worst lines.
You almost made me cry again this time.
Another false alarm,
red flashing lights.
Well this time I'm not going to watch myself die.

I think I made it a game to play your game
and let myself cry.
I buried myself alive on the inside,
so I could shut you out,
and let you go away for a long time.

I guess it's ok I puked the day away.
I guess it's better you trapped yourself in your own way.
And if you want me back,
you're gonna have to ask.

I think the chain broke away,
and I felt it the day that I had my own time
I took advantage of myself and felt fine.
But it was worth the night,
I caught an early flight and I made it home.

With my foot on your neck
I finally have you,
Right where I want you..."

quarta-feira, 30 de maio de 2007

por outro lado...

Cansei de ver as coisas de forma negativa. Hoje fui premiado mais uma vez. No caminho para o trabalho, o marcador de gasolina do carro - emprestado pelo cara que bateu no meu - anunciava que o nível do combustível estava perto de um quarto de tanque. De repente, a quinta marcha não acelerava. Nem a quarta. Nem a terceira. Nenhuma.

Depois de notar que a gasolina havia acabado, fui deixando o carro encostar e liguei pra minha irmã salvadora. Ainda bem que podemos contar com a família.

Enfim, se alguém, por algum acaso tropeçar em uma forma que pareça com um osso, favor desenterrar o objeto. Quem sabe não é a cabeça de bode que enterraram pra fazer o "trabalho" contra mim...

Isso tá virando é blog de humor. Mas agora eu me divirto junto.

azar?

Filipenses 4:11!

domingo, 27 de maio de 2007

bravery

Sempre gostei da música e não sabia de quem era. Já é velha e o André me trouxe ontem. Em meio a tanta má sorte e burradas, o melhor que há a fazer é mergulhar em música.

"People
They don't mean a thing to you
They move right through you
Just like your breath
But sometimes
I still think of you
And I just wanted to
Just wanted you to know
My old friend...
I swear I never meant for this
I never meant...

Sometimes
I forget I'm still awake
I fuck up and say these things out loud
My old friend...
I swear I never meant for this
I never meant...

Don't look at me that way
It was an honest mistake
An honest mistake"

sábado, 26 de maio de 2007

fuckin' bad luck

Ontem peguei o carro na concessionária. Hoje acabaram de bater nele de novo, parado, na porta de casa. Ain't life beautiful?

terça-feira, 22 de maio de 2007

nevermind the bollocks

Gostaria de poder ser um pouco menos impotente diante das porcarias que me acontecem no dia-a-dia. A notícia de hoje é que ficarer mais uns dias sem o carro. A velha desculpa da peça que nunca chega a tempo, do problema decorrente da falta dela e toda essa baboseira de quem é incompetente o suficiente para não conseguir fazer o próprio trabalho.

Eu recomendo a qualquer pessoa que compre um carro da Peugeot. O motor é maravilhoso, o acabamento ótimo, um belo conforto e o design, inquestionável. Só não o recomendo para as pessoas que vivem em Brasília. O motivo? As duas concessionárias daqui pertencem à mesma pessoa. E esse dono, mantém o mesmo nível de "excelência" em suas duas franquias.

O serviço mecânico é ridículo, não possuem o equipamento necessário para reparos mais sérios e precisam terceirizar serviço e o atendimento ao cliente é o mais ridículo ao qual já fui submetido. Se você vive em Brasília e se envolveu em uma batida séria, que avariou muito o carro, mande-o para a concessionária de Goiânia. Seu carro será consertado por gente mais capaz e será entregue, provavelmente, em bem menos tempo.

Gostaria que alguém que realmente importa lesse isso, mas a gente sabe que mesmo sendo ouvido, pode-se facilmente ser ignorado. Enfim... Deixa pra lá.

sábado, 19 de maio de 2007

bollocks...

Em meio a tanta expectativa para a tech-tronic, deu um tempinho para vir ao meu blog cheio de teias. Nada pra falar mesmo, só escrevendo pra relaxar um pouco as mãos que estão meio tesas por conta do frio somado a um leve nervosismo.

Deve ser tensão/tesão pré-festa grande. Espero me acostumar a essa sensação.

terça-feira, 8 de maio de 2007

transporte público

Depois de UMA hora completa na parada de ônibus esperando minha condução para casa, notei a falta que me faz meu carro. Depois da burrada de acertar uma pilastra e da bobagem de negar o carro reserva para economizar, descobri que o transporte público de Brasília é um lixo, como em qualquer outro lugar deste imenso país.

Esperando todo aquele tempo, ouvi uma hora inteira do programa do Hype na última semana. Muita novidade boa no drum'n bass. Mas a raiva ia e voltava a toda hora. Passaram apenas OITO ônibus com destino ao Recanto das Emas. Será que mora tanta gente assim lá?

Enfim, vou mergulhar na música que eu ganho mais. Ódio!

terça-feira, 1 de maio de 2007

a boa rotina

Certas coisas acabam, inevitavelmente, tornando-se rotina em nossas vidas. Algumas são daquelas que incomodam, mas nem todas. Presenciei, certa vez, um amigo discutindo sobre isso e os argumentos que ele utilizou pareceram incoerentes para os outros, mas não pra mim.

Eu sei bem o que é se apegar a alguns rituais rotineiros e fazer com que se tornem um prazer diário.

A hora do primeiro cafézinho da tarde, por exemplo, é algo essencial para o bom andamento do meu dia. O lanche às 16h, também. É a hora que eu saio para a lanchonete do prédio com dois companheiros de trabalho que já passaram dos 50 anos e vejo mais ou menos como é a vida quando se tem um monte de responsabilidades a mais. E é divertido ver que tem gente de bom humor com essa idade.

Minhas rotinas noturnas têm se resumido a uma rápida passagem pela Internet.

Enfim... coisas que acabam fazendo parte de uma série de costumes e nem sempre são negativas como as pessoas pensam. A palavra nem traz todo esse sentido ruim, como parecia, afinal.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

adjetivos indesejáveis

Tem dias em que a gente não quer ver muita gente, não quer muita agitação. Só pra aproveitar um pouco a depressividade de não se fazer nada. Ser feliz demais não tem graça.

Daí já vem o gancho que me leva a lembrar de duas 'qualidades', na verdade apenas adjetivos, que me fazem ter preguiça de algumas pessoas. Os dois verbetes constam na letra "E" do papai dos burros.

O primeiro deles (dos adjetivos) é 'Expansivo'. O dicionário o define como 'franco, comunicativo'. Ao meu ver, define sim essa habilidade comunicacional, mas de maneira exagerada. Aliás, exagero também começa com "E". Enfim, eu tenho uma profunda preguiça de pessoas expansivas, que chegam e acham que são donas dos lugares, que falam alto, gritam pra chamar a atenção pra si, ligam o som a todo o volume e por aí vai. Essas pessoas deveriam voltar algumas páginas do amado Aurélio e optarem pelo adjetivo 'discreto'.

O outro é 'Efusivo'. Na verdade, são sinônimos, mas a efusividade caminha mais para o lado da alegria excessiva. Alegria é algo necessário para a vida. Mas além de não ter o menor saco para felicidade incontrolável, eu desconfio das pessoas felizes demais. Elas se mantém sempre alegres o suficiente para parecerem não ter motivos para sofrer ou ficarem sérias. Daí a minha desconfiança. Felicidade demais, pra mim é sinônimo de morte próxima. Se tudo anda certo demais na sua vida, amigo, comece a olhar por cima de seu ombro. Algo está a caminho. Mas pode ser apenas pra quebrar a felicidade, né? Nada tão negativo.

domingo, 29 de abril de 2007

no words

Às vezes a gente não tem muito a dizer. Uma boa saída é a música que a gente tá ouvindo na hora.

"Got a big plan, this mindset maybe its right
At the right place and right time, maybe tonight
And the whisper or handshake sending a sign
Wanna make out and kiss hard, wait nevermind

Late night, and passing, mention it flipped her
Best friend, who knows saying maybe it slipped
But the slip turns to terror and a crush to light
When she walked in, he throws up, believe its the fright

Its cute in a way, till you cannot speak
And you leave to have a cigarette, your knees get weak
An escape is just a nod and a casual wave
Obsessed about it, heavy for the next two days

It's only just a crush, it'll go away
It's just like all the others it'll go away
Or maybe this is danger and you just don't know
You pray it all away but it continues to grow

I want to hold you close
Skin pressed against me tight
Lie still, and close your eyes girl
So lovely, it feels so right

I want to hold you close
Soft breasts, beating heart
As I whisper in your ear
I wanna f*cking tear you apart"

quinta-feira, 26 de abril de 2007

ain't life sweet?

Em um curto espaço de quatro meses:
> perdi R$ 1.250,00 num negócio furado;
> fui enrolado um mês pelo extra (pra entrega deste computador);
> perdi a namorada (=~);
> fui enganado por uma mulher picareta;
> caí de patins;
> perdi a carteira (mas achei, ufa!);
> bati o carro.

2007 é o ano da bruxa solta, oficialmente. Maaaaaaas, ainda assim, consigo guardar um sorriso sincero para todos os dias.

"They tell me life is beautiful.
Life is a beautiful thing."

quarta-feira, 25 de abril de 2007

positive vibes

Ontem assisti "O Segredo". É um documentário sobre atrair coisas boas para a vida. E logo no dia seguinte, já passo pelos meus testes, daqueles que aparecem pra gente ver se entendemos mesmo o espírito da coisa e por em prática o uso desse 'segredo'.

Comecei perdendo minha carteira. Fui encontrá-la no Giraffas da 209 norte, onde tinha lanchado na noite anterior. Ainda existem pessoas boas por aí e elas não são poucas. Tudo no lugar. As boas vibrações funcionam mesmo.

E agora há pouco bati o carro. Vamos colocar esses ensinamentos em prática, né?

Para o alto e avante. Afinal, acabo de receber uma ótima notícia: toco na Tech-Tronic desse ano. Sempre acontece algo de bom. A gente só tem que desanuviar a mente pra poder enxergar.

A música de agora eh a que vai ficar pro post:

"Seemed to stop my breath
My head on your chest
Waiting to cave in
From the bottom of my...
Hear your voice again
Could we dim the sun
And wonder where we've been
Maybe you and me
So kiss me like you did
My heart stopped beating
Such a softer sin

(I'm melting, I'm melting)
In your eyes
I lost my place
Could stay a while

And I'm melting
In your eyes
Like my first time
That I caught fire
Just stay with me
Lay with me
Now"

segunda-feira, 16 de abril de 2007

O que nos liga é a música!

Eu não sei porque até hoje não discorri exaustivamente sobre este vídeo. Talvez por pura displiscência.

O documentário "O que nos liga é a música" foi idealizado pelo meu amigo Thiago Falcão. Ele trabalhou em cima da idéia que é slogan do DNB Online (de fato, nem sei se a idéia dele que acabou virando slogan). Na verdade, não dá pra discorrer muito sobre o vídeo. Ele é tão envolvente e interessante pra quem participa de qualquer tipo de cultura musical, que não requer muita conversa. Assistam aí, em duas partes. 15 minutinhos.

Parte I


Parte II




PS.: Não, eu não uso drogas. Aquela cara era ressaca de sono.

domingo, 15 de abril de 2007

roller life

Cansado e suado depois de uma andada por toda a asa sul de patins, só o que resta é tomar um banho, deitar e relaxar. Não creio que haja melhor maneira de se recuperar de uma bela ressaca.

Mas voltando à vida sobre rodinhas, havia tempo que não descobria algo novo para fazer que me agradasse tanto. Me lembra as primeiras vezes em que me aventurei nos meus rollerblades... Já contabilizava cerca de seis anos sem essa brincadeira e eu, velho e bobo, morria de vergonha de andar na rua com aquele aparato de iniciante. Mas assim mesmo fui e me diverti.

Agora, com mais dois amigos me acompanhando, a brincadeira ficou muito mais divertida. Mesmo depois de termos completado a trilogia dos tombos que começou comigo, passou pelo Anderson ontem e culminou hoje, com um Fernando executor de saltos mortais.

Mas a vida é assim mesmo. A gente cai pra aprender a levantar.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

smashing it up

Dia de Laboratório é sempre incomum. Minha noção de surpresa acaba sempre mais positiva a cada festa como essa.

Abri, desorientado, ainda procurando o que tocar até a hora em que sobrasse algum resquício de tempo meu com a pista. Acabou que sobrou tempo mesmo.

Com a presença de um gringo no recinto, confesso que fiquei meio assustado. Surpreendente foi a reação do nosso ilustre convidado ao meu sou e ao frenesi que ele causava na pista. Deve ser estranho: você cria um som, do outro lado do mundo; nasce com ele toda uma cultura, que ultrapassa os 15 anos de existência; e o começo desta cultura, descansa em lembranças de pessoas por todo o mundo; de repente, você se vê numa festa, no meio do nada, num lugar em do qual nem se tinha conhecimento e as pessoas conhecem e apreciam aquela cultura; aquela mesma resposta às mesmas músicas que jovens ingleses ouviam há 15 anos atrás se repete, com gente que acabava de sair do jardim de infância naquela época.

Silver cantou boa parte das músicas do meu set. Covardia minha, né? Mas o que ficou claro e mais me realizou foi a surpresa do inglês ao notar naquela pista jovem, o mesmo amor e a mesma alegria de junglists do Reino Unido.

De quebra, ganhei três rewinds e um caloroso "you smashed it!", do inglês suado, logo após o seu set sinistro. Foi dançante ao extremo.

De resto, o álcool e a presença dos amigos é sempre bem-vinda. Todas pessoas muito queridas que fazem cada dia de Laboratório ser um dia mais que especial.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

sem clipes e sem conteúdo

Um dos passos que garante alguns poucos minutos de besteirol televisivo na minha rotina diária é a hora do almoço. É o único tempo que reservo para sentar diante daquela caixa idiotizante da qual tanto fazemos questão.

Ultimamente, tenho reservado esses momentos para a Liga da Justiça. Não encontrei programa melhor para substituir esse desenho, nos vinte e poucos minutos que gasto para processar meu prato generoso. Mas como o SBT nem sempre ajuda, acabo tendo que dar uma zapeada em busca de alternativas aos episódios em reprise. E a MTV sempre me pareceu uma boa saída.

O grande problema é que eu sou daqueles poucos (?) apreciadores de clipes na TV. Não tenho muita paciência para procurar coisas no You Tube e acho interessante a aleatoriedade das seleções nos programas porque, muitas das vezes, a gente acaba conhecendo por acidente uma nova banda, que nos seduz.

Em dezembro do ano passado a emissora anunciou o fim dos clipes. Controverso, mas explicado com a desculpa de que os espectadores não têm mais nenhum motivo para dar audiência aos vídeoclipes por conta da facilidade em encontrá-los na Internet. Claro, como se todo mundo tivesse acesso (ou como se as gravadoras não ficassem proibindo clipes no YT). Mais uma forma de exclusão social.

Só que a pior parte mesmo é a grande quantidade de programas desprezíveis que a emissora conseguiu trazer para a programação, em substituição aos clipes. Tudo lixo pronto, trazido da América de Bush, com direito a toda a sorte de esquisitices. Hoje, por exemplo, assisti a um 'show' chamado "Why can't I be you?" ("Por que não posso ser você?"). O nome já me irritou, pois foi claramente plagiado de uma canção do Cure. O programa consiste em uma pessoa que 'admira' outra e gostaria 'ser como ela'. Lixo.

Lá se vão as poucas oportunidades de conhecer sonoridades novas. Sem vídeoclipe, o jeito é ficar com Last.fm.

terça-feira, 3 de abril de 2007

a natureza da experiência

É interessante passar por uma mudança radical de rotina depois de tanto tempo vivendo de uma maneira. A gente aprende a valorizar algumas coisas e se desprende de muitas outras. Toda a reviravolta na história da vida parece abrir algumas portas e aguçar sentidos.

Para mim, o interessante é experimentar algumas coisas novas como um certo desapego a certas responsabilidades e acompanhar o surgimento de novas maneiras de ver as situações. É bom estar novamente vendo os dias como novidades. Mesmo que acabe sentindo falta de certos prazeres emocionais.

"We've got our tracks covered
Thanks to your older brother
It's not the moonlight that sets me off
It's not the money that makes me scoff

It's my impeccable disorder
Where I keep on falling for her
It's not the way my mother talks
It's not the people that she mocks

It's the nature of the experiment
It's the patterns of my temperment
They're taking me in increments "

sábado, 31 de março de 2007

turning my ego up

Não tenho muita vergonha em dizer que estou numa fase pouco altruísta da minha vida. Às vezes esse tipo de bobagem se torna necessária quando sua auto-estima não está lá pelas nuvens. Daí, atitudes egoístas e pouco construtivas acabam tomando conta da situação. Não que a gente se torne escravo do 'destino'. Eu não acredito muito nele. Nós simplesmente abrimos espaço para uma gama de opções idiotas e prezamos para que elas permaneçam continuamente como as melhores escolhas do nosso caminho.

Não que isso tenha algo a ver com alguém, além de mim mesmo. Mas de quando em quando, é bom colocar isso pra fora sem ter alguém monossilábico do lado, se expressando por meio de "só!", "foda!" ou "que merda...".

quinta-feira, 29 de março de 2007

people of the universe

Não me surpreende, mas me impressiona a necessidade que nós humanos sentimos em estar com outras pessoas. Me faz refletir sobre isso a recente viagem que fiz, ao lado dos meus dois grandes amigos. Anteontem, jogando sinuca enquanto esperava meu parceiro Fernando, também pude ter um vislumbre disso tudo.

As pessoas nos olham diferente, quando estamos sozinhos e nos portamos de modo diferente. Poucos sorrisos, olhares dispersos, reflexão demais. Dá a impressão de sermos perdidos, motivo de conversas e de julgamentos prévios.

Daí chego à música. Mais me impressiona a quantidade de pessoas agradáveis, divertidas e de espírito positivo que vivem por aí, pelo país afora. A gente nunca tem a real noção de que vai sentir saudades de colegas que se tornam amigos em tão pouco tempo. O fato de termos raras oportunidades de ver essas pessoas acaba por nos ensinar a valorizar esses preciosos momentos nos quais estamos na presença delas.

Quando se é anti-social como fui até pouco tempo atrás, se tem aquela impressão estúpida de auto-suficiência e de saciedade em relação às pessoas. No momento em que essa carapaça de ilusões independentes cai, notamos que, quanto mais amigos, mais gente de valor entra na nossa vida, mais vale a pena viver.

Hoje eu queria que o mundo fosse um pouco menor.

segunda-feira, 26 de março de 2007

trippin'

E a viagem para Araraquara chegou.

Começamos cedo, na madrugada de sábado, caindo na estrada logo de cara. Comecei no volante, e fomos conversando, comendo e zuando ao som de fuckin' emocore. A diversão, claro, por conta da zuação mútua que sempre impera quando os três amigos estão reunidos.

É engraçada essa história de amizade. De repente, você se sente mais em casa no meio de pessoas que não acompanharam toda a sua vida, pelo simples fato de ter muito mais em comum com elas. Daí me lembro de uma das frases maconho-reflexivas do Planet Hemp: "Família não é sangue, família é sintonia."

A festa não lotou. Mas tinha um bom público por lá na hora do meu set. Desistimos do back-to-back em quatro decks e eu fui me aventurar. O jungle não fez o efeito que eu esperava, então foi hora de apelar para um pouco de drum'n bass e para as "cartas na manga". As que funcionaram, de verdade, foram só o bootleg de "Welcome to Jamrock" e o remix de "LK". O resto, só pareceu ter agradado mesmo aos conhecedores. Mas uma boa parte da pista se manteve dançando, o que para mim deixa um resultado positivo. Fiquei feliz, afinal. Se você agrada uns dois ou três, a ponto deles virem te agradecer, é o suficiente.

O que me surpreendeu foi a qualidade dos DJs da cidade. Sem falar na seleção de repertório. Se aquela festa acontecesse em Brasília, provavelmente seria recorde de público satisfeito. Ouvi "Gipsy Boy, Gipsy Girl", "Love Commandments", "Voodoo People", "Witch Doktor" e várias outras das quais nunca soube o nome. Todo mundo mixando bem. Clássicos mesmo. Só o que foi meio chato foi o hard techno. Achei os sets muito puxados, num som sem melodia que realmente me deixou meio sem saco. Fiquei nas vodkas, entretido entre o rebolado da grandona-de-saia-branca e as pernas da grandona-de-vestido-lilás. Mas a mais atraente, pra mim, era a japinha-de-rabo-de-cavalo-roxo. No fim da festa, resolvemos ir embora.

Na estrada, com amigos, diversão garantida novamente. No fim, é bom dar uma volta por outros lugares, conhecer gente nova, reencontrar amigos que valem a pena e viver com um pouco de irresponsabilidade. Afinal, a vida não é uma festa da qual só saíremos mortos?

"Let me take you on a journey
a journey full of sound and peace
one that'll lead you down
way down

(and the way you make me feel)"

sexta-feira, 23 de março de 2007

mornings, trips & tragedies

Já havia me esquecido de como era acordar no começo de uma manhã. Toda a beleza de ver um dia nascendo, de ver o sol crescer fraquinho do horizonte, até chegar a clarear tudo. Sair de casa enquanto a grande maioria ainda dorme. Essas coisas às quais não estou acostumado.

Ah, a quem estou querendo enganar?

Se houve mesmo uma represália divina à raça humana por conta do dito 'pecado original', o castigo escolhido foi o tal do horário comercial. Imaginem só? A morte não é a verdadeira punição. Acordar cedo sim. O sol dói mais, porque não importa para onde você se vire, ele vai estar direto no seu olho. O trânsito é um caos. As pessoas mal humoradas. As lojas ainda não estão abertas. Enfim...

Mas o pior mesmo é quando se dorme poucas horas antes dessa tragédia diária. Um cansaço sem descrição, regado a copos e copos de café. Mas mesmo agora, perto das nove horas, acho que já é hora de parar de reclamar.

Amanhã, Araraquara. Visitar amigos e conhecer um público diferente. Espero que esse público compareça. Contudo, o mais esperado é a viagem de carro. Ânimos para cima, atenção na estrada e muita zuação. Espero poder fazer o diário de viagem.

Apesar da alegria, ontem fui levado a refletir sobre algo mais sério: a nossa vida. É estranho o quão frágil somos, diante das intempéries às quais somos submetidos diariamente. Não tive um dia ruim ontem, mas duas pessoas próximas tiveram. E chegou a me afetar por serem pessoas queridas as envolvidas. Mas isso aqui não é novela, vamos poupar o drama. Afinal, pra morrer, só precisa-se estar vivo. E felizmente, ninguém morreu, ninguém vai ficar doente. Todo mundo vai ficar bem. A gente sempre fica.

quinta-feira, 22 de março de 2007

trouble

"Para maio, a única novidade é o adiamento da turnê brasileira do Incubus. Nota no site da banda californiana diz que o guitarrista Mike Einziger machucou a mão e que todos os shows até o dia 11 de maio estão cancelados, o que inclui os que o grupo faria no Brasil." FSP

Feliz? Radiante, eu diria. Já lamentava amargamente o ano de 2007 pela possibilidade de ter uma das minhas bandas preferidas no quintal de casa e não poder ir. Desculpem àqueles que já compraram seus bilhetes. Aproveitem a passagem para SP no dia 5 de maio para o Skol Beats. Ou a do Rio no dia 6 para curtir uma praia.

Mas nem só de felicidade vivo eu. A organização do Skol Beats me consultou para saber o dia mais complicado no mês de maio para mim. Quando eu disse que estaria com problemas até o dia 7 do referido mês, eles confirmaram o evento para o fim de semana anterior. E agora nem tenho idéia se vou conseguir chegar lá.

No mais, um dia normal, sem graça, tentando baixar o novo episódio de lost e atualizando o blog só pra expressar a minha bipolaridade em atenção a um final de semana de maio. Acho que a graça que falta hoje será trazida por um suculento cheese egg bacon do Marvin.

Tsc. Nothing to talk to nobody. I'm pathetic!

"We didn't have nowhere to go
waiting for the daylight to begin.
Singer, save our secular souls
how can you have hope with no God?

We didnt give a shit about what they would say...
And stayed up until the light turned our world/eyes grey.
We caned our money like it was our last day
two fingers up at those who wont miss us when we pass away"

sexta-feira, 16 de março de 2007

nobody knows nobody.

Por mais tempo que se passe com uma pessoa, nunca há como saber tudo sobre ela, conhecê-la de verdade. Todo ser humano é único. E todos os outros seres nunca irão compreender essa singularidade por inteiro, por mais que anseiem ou estudem para isso. Se tal situação fosse possível, a psicologia seria a solução mágica para os problemas do mundo.

O que quero dizer é: a gente vive muitos anos com várias pessoas e acha que as conhece. E essa nossa inocência passa a ser tão forte que mesmo aquelas novas, a quem fomos apresentados há pouco tempo, temos a impressão de conhecer, acreditamos ter noção dos seus limites. Você se encontra cerca de três vezes com alguém e cria uma imagem, positiva ou negativa, que nunca será nada perto da realidade de quem ela realmente é.

E é desses encontros rápidos, das pessoas que pensamos conhecer em pouco tempo, de quem falo.

No fundo, isso é até um pouco divertido. A surpresa, seja para bem ou mal, vejam, me traz um prazer tremendo. E costuma acontecer na hora em que você mais precisa desse tipo de volúpia. O mais divertido é quando a novidade chega em forma melodramática, semi-cinematográfica, desenhada como ninguém a esperava em uma trama digna de Hollywood. O desfecho traz mais diversão ainda. Sim, eu me divirto com a contradição.

Por fim, o que quero dizer é que não conhecer as pessoas é algo necessário à condição humana e aceitar esse fato, pode trazer bons momentos de diversão, num futuro nada distante. E isso me mostra, cada vez mais que a superada idéia de que "a primeira impressão é a que fica", não passa de conversa de comercial de TV.

quinta-feira, 15 de março de 2007

the used

Hoje acordei com uma vontade imensa de ouvir The Used. Acabei só realizando o desejo em casa, agora, durante a madrugada. Mas sei bem o que me motivou. Acredito que seja uma espécie de saudosismo de coisas boas que passaram. Coisas próximas.

Esse tipo de saudosismo é, sem dúvidas, causado por motivos mais que óbvios. Durante muito tempo estive acostumado à uma vida à qual resisti, nos primeiros momentos. Mas após algum tempo, consegui aceitar e até aprendi a gostar desse novo prisma pelo qual passei a ver as situações.

Contudo, o que me parece é que de tempos em tempos, a vida sacode a gente, pra termos mesmo a sensação de estarmos vivos. Chacoalha o trabalho, a família, tudo enfim, até chegar à vida emocional. Eu não queria esse 'sacode', mas ele veio e me pegou. Nessa hora, a gente perde noção das convicções (aliás, convicção é quase sempre um erro; certeza demais é coisa de gente que se abstém de um pouco de raciocínio). E quando toca essa parte delicada, quase sempre alguém sofre.

Eu sofro. Não sou de ferro. E sofro até mais, por às vezes demonstrar uma sobriedade que não me é puramente verdadeira. Mas paciência.

Só que algum desses filmes de super-herói me ensinou a valiosa lição de que a gente cai, pra aprender a se levantar. Então é assim mesmo. Hoje, me sinto um pouco mais sóbrio e seguro para ser (também um pouco) mais sincero com quem me conhece e me lê. E esse é o melhor passo para fugir da hipocrisia necessária (para mim).

Queria mudar de assunto, mas não cabe. Sofrer ajuda, às vezes.

Cantar ajuda mais.


"
I need something else
Would someone please just give me
Hit me, knock me out
And let me go back to sleep
I can laugh
All I want inside I still am empty
So deep that it didn't even bleed and catch me I...

I'll be just fine
Pretending I'm not
I'm far from lonely
And it's all that I've got
"

domingo, 11 de março de 2007

living for the weekend

Sabe que essa história de ressaca nem me desmotiva mais a tomar alguns goles? Esse tal do álcool parece ser um aditivo impressionante para dar uma chacoalhada na noite. Ontem, experimentei algumas misturas - embora ainda não tenha conseguido ver graça no gosto da cerveja - e me diverti um bocado.

E talvez nem seja mesmo um problema. Quando acordo, o apetite está a mil e acabo comendo toda a comida que aparecer na frente.

Quanto à festa ontem, foi um tanto surpreendente. Gostei da pegada dos dois sets de breakbeat. LuiJ tocou muita coisa diferente e me agradou muito. E Vega, apesar do começo que não fez muito a minha cabeça, trabalhou direitinho e fez um set recheado dos soulfuls que eu gosto de ouvir.

Quanto ao A.I., não saberia elogiar muito a primeira parte. Aquele som deep não deveria ter perdurado por tantos minutos, como perdurou. Foi meio estranho. A impressão que me deu é que a grande maioria dos gringos demora um pouco a notar uma situação difícil durante o set até começar a tentar melhorar as coisas. Ponto pros brasileiros que tem um 'timer de feeling' um pouco mais apurado. Já a segunda parte, começou com sons mais gostosos, com groove e grave gorduroso e realmente me fez dançar. Mesmo com uma seqüência daqueles jump ups dos quais não faço muita questão, chegou em boa hora.

Descanso agora, só semana que vem. Hoje é domingo e quero sair desse quarto quente.

"Out there tonight
Is the night of my last got my name on
Run down my street adidas on my feet
I’m on fire

Working all the time
Work is such a bind
Got some money to spend
Living for the weekend
When it gets too much
I live for the rush
Got some money to spend
Living for the weekend"

sábado, 10 de março de 2007

trabalho braçal não é de Deus

O cômico da noite de ontem foi o trabalho inesperado para socorrer uma amiga e seu pneu furado. Pra não fugir às leis de Murphy, ela fez o favor de estar com o estepe devidamente 'no prego'. Logo, trabalho sinistro (quando se é magro, todo trabalho é sinistro). Comecei com o estepe do meu carro (que para ser retirado, é uma cruzada sem fim), tentei colocá-lo e não coube. Enchi o estepe furado do carro dela e descobri que o macaco não erguia o carro o suficiente. Consegui uma pedra (que deve virar equipamento obrigatório no carro dela) e consegui encaixar a roda. Enchemos o pneu de novo, pra evitar maiores trabalhos e fim. Mas o mais difícil foi fazer a mulher parar de chorar... =P

O braço dói um pouco, pelo trabalho que meu esquálido corpo teve para fazer todo esse serviço. E provavelmente precisarei de uma manicure pra tirar tanta poeira debaixo das minhas unhas.


E o tal do last.fm deveria ser considerado o melhor amigo do homem. Por ele dá pra descobrir muita banda boa, muito som legal, buscando por bandas similares às que a gente ouve. Recomendo. Uma das minhas bandas 'dahora' foi indicada por ele. Mas a mais-mais foi pelo amigo André, mesmo. The Sounds. Foda!


Hey, let's kick it
Stop, just lick it
let you start it
'cause 'cause it's so easy
you like it my way
and I know it
so let's do it
do it do it real good
ha, it's sweaty
now, I'm ready
just take it off
cause cause you tease me

This song is not for you lovers
don't stop push it now
and I will give it all to you
don't just stop now
and try to give it all up

quarta-feira, 7 de março de 2007

let's go

"Acordou com aquele gosto azedo na boca. Nem quis experimentar o cheiro do próprio hálito, por pura precaução. Mais uma manhã igual. Aliás, ao olhar para a rua e perceber o sol alto, notou que a manhã já havia passado. Pela posição do sol, imaginou ser pouco mais de meio-dia. O desjejum-almoço seria um bom copo de café puro, requentado no microondas. Mais um dia igual.

O pó de café era pouco, mas assim foi. A água suja deixava um leve gosto dos grãos marrons e se misturava ao bafo matinal. Cada dor sentida na língua e na garganta, provocada por goles ferventes, despertava uma parte do corpo. Deveria entregar a matéria em duas horas e nem havia aberto o editor de textos. O computador permanecera ligado durante toda a noite e a lista de downloads estava recheada de pornografia nacional.

Durante cerca de nove minutos, só o que fazia era piscar avidamente e bocejar. O café fez efeito. Agora desperto, começou a digitar. O texto se encorpava rapidamente, com a facilidade dos que escrevem histórias de ficção. Todos os fatos pareciam se coordenar em sua cabeça e a tecitura de dava de maneira harmoniosa. Cada passagem entrava na fila que trazia estímulos aos dedos ávidos. Já imaginava a série de elogios ocultos e diretos que receberia. Mais café.

Sentiu uma pontada no lóbulo frontal. Talvez fosse só impressão. Imaginou - erroneamente - que era a necessidade do primeiro cigarro do ciclo, já que não conseguia organizar sua vida em dias. Sim, ciclos. "Estou acordado. Durmo. Fim de um ciclo. Acordo. Começo de um novo." E assim clicava freneticamente nas teclas leves do seu macbook. Não ganhava muito dinheiro com esse trabalho bem feito, afinal, como poderia ser um escritor atormentado sem ser explorado pelo seu editor vigarista? O macbook era um presente de uma antiga namorada, com a qual não chegou a ir pra cama por simples nojo. Respirou. Parou de refletir por um segundo, claro: sem parar de digitar.

Pigarreou e cuspiu na mesa. Quase acertou a mosca pousada à beira do prato sujo que jazia ao lado do copo de café. Lembrou que não comia há quase 14 horas. Levantou e foi à cozinha. Rapidamente, retornou com um macarrão instantâneo cru. Mastigava levemente, apreciando o quebrar dos fios ainda duros. Digitava.

Estava pronto. Seu texto acabaria por provocar a desgraça de alguém. "Mas cada um é responsável por seu próprio destino", acreditava. Respirou e mandou o e-mail. Pensou em voltar a dormir, mas o telefone tocou. Acendeu outro cigarro, antes de atender. A voz feminina do lado lhe trazia uma vaga lembrança de outros tempos. Desligou sem responder nada. Uma vertigem lhe acometeu e deixou de lado o copo de café. Resolveu que precisava de ar. Saiu à rua."


Há dias em que a gente nem sabe o porquê de digitar tanto. A história não faz muito sentido, mas sai. Hoje me parece ser um dia bom, apesar do sono. Em um dia feliz, notei que gosto de criar uma desgraça fictícia para balancear a euforia. Não sou bipolar. Talvez emo. Mas me divirto em escrever coisas sem sentido nenhum, às vezes. Deve ser influência de The Cure.

"Let me take your hand
I'm shaking like milk
Turning, turning blue
All over the windows and the floors
Fires outside in the sky
Look as perfect as cats
The two of us
Together again
But it's just the same
A stupid game

But I don't care if you don't
And I don't feel if you don't
And I don't want it if you don't
And i won't say it
If you won't say it first"

domingo, 4 de março de 2007

special place

Às vezes a vida parece ser um grande bocado de lugares comuns. As coisas se repetem com uma freqüência relativa, mas na maioria das vezes soam como se repetissem sempre.

Mas de quando em quando, tenho a oportunidade de presenciar algo diferente, que - geralmente - me alegra. Ontem foi um dia desses. Foi dia de Laboratório.

Eu já tinha, claro, expectativas. Mas elas foram superadas way ahead. Foi algo em torno mesmo do inesperado. Meu grande amigo Poeck me convidou para fazermos um back-to-back (uma apresentação em dupla). Nunca havia experimentado esse tipo de apresentação a sério, com o compromisso de agradar uma pista. E foi tudo 'muito sensacional'.

Começamos tocando, conversando e vendo aonde íamos chegar... No começo, algumas batidas de cabeça espantaram nosso público. Mas depois de meia hora, resolvemos acertar e foi tudo melhor que a encomenda. Saí de lá feliz. Impressionante como a música me alegra. Como ouvi, o fim do Lab "é sempre a melhor parte". ;]

E isso me lembra que também refleti, no começo do set sobre o caminho percorrido até aquele momento. Em um instante, eu era pista. A primeira pessoa a chegar a ele, o ídolo, e fazer uso do nome "drum'n bass". E Poeck, um belo dia, passa de ídolo a amigo próximo. Alguns anos mais e descobri o DJ. Acho que ser DJ é assim mesmo, como homossexualidade. Você não "vira" DJ. Você nasce e descobre ele dentro de você. Se você não nasce, você morre tentando, mas não "vira".

Ainda bem que descobri que dentro de mim, havia só o DJ! (Sim, eu gosto de mulher. E de música.) =P

Enfim. O que parecia distante, agora é corriqueiro. O Laboratório é a minha casa.


"Most of us have a special place we like to visit,
because we actually feel good being there.
What we hear in that place has a lot to do with it.
If the sounds are soothing our pulse rate drops,
our muscles relax, we feel in peace.

All too often though, when we stop to listen to great music,
we settle for sound that's only average...

What great music deserves is full deep bass
to get it warmth!
"

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

frases

Eu, de vez em quando, me deparo com algumas frases de efeito e, quase sempre, gosto de compartilhá-las. Agora que tenho este espaço, talvez apareçam algumas interessantes por aqui.

=]

"Consciência e covardia são, na verdade, a mesma coisa. Consciência é apenas a razão social da firma."

Lorde Henry Wotton*


* Personagem do livro "O retrado de Dorian Gray", de Oscar Wilde.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

seriados e psicopatas

A TV pode ser positiva. Depois de alguns meses de ócio regado à programas e filmes de TV, pude conhecer um seriado que me interessou. Isso aconteceu em 2004, quando da estréia de 'Lost' no Brasil, no canal a cabo AXN. Fui capturado pela imensidão de mistério e originalidade que este seriado trouxe, a exemplo de poucos. E fiquei adito.

E após quase toda a primeira temporada, antes de 'Lost' cair nas graças da massa (aquela velha vontade de ser underground, precursor, old school e essas frescuras), conversei com um amigo que me disse algo interessante. Ele me alertou sobre a fidelidade a uma só série. E disse que havia uma 'série de séries' que valiam a pena. Fui à captura. Conheci 'Prison Break'.

Não me identifico com personagem nenhum dos dois seriados, notem. Sou muito egoísta pra ser comparado a Jack Sheppard e muito estúpido para ser Michael Scofield. Mas o interesse pela continuidade foi o maior determinante para aderir as duas aos meus favoritos. Este segundo seriado é ainda mais intrigante e tenso. Desperta a adrenalina, sem sombra de dúvidas. E após algum tempo, notei que poderia ainda ser fã de outras dessas novelas. Vieram 'Supernatural', a finada 'Invasion', mais adiante vieram 'The 4400' e 'Heroes'. Todas me fidelizaram. A última foi 'Jericho'.

Mas uma delas, da qual só fui saber há menos de um mês, me enfeitiçou totalmente. Talvez porque tenha me tocado num momento de fragilidade inesperada, senti que finalmente me identifiquei com um personagem. E agora começa a parte mórbida deste post.

Todos temos um lado obscuro. Todos deveríamos saber que "Não existem segredos na vida. Apenas verdades escondidas... que ficam sob a superfície." E todos lutamos contra monstros que vivem dentro da gente, e nos assolam. Assim é meu protagonista e herói Dexter Morgan. O mais impressionante é que sempre tendi a acreditar muito mais na sinceridade dos anti-heróis. Mas Dexter tem um 'quê' disso (mesmo sendo O herói).

Ele não é um homem transtornado. Aceitou o seu destino há tempos. É um serial killer. Me perguntem: como pode um assassino ser herói?

Pode ser meticuloso a ponto de escolher como vítimas, pessoas que não conseguem controlar os monstros dentro de si. Dexter é algoz de homicidas, traficantes, pedófilos e outros indivíduos que vivem à margem da lei e vive sob um código de conduta, ditado pelo falecido pai adotivo. Sim, ele mata pessoas ruins. Parece alguém como Frank Castle (The Punisher), mas esse herói não mata apenas para defender os outros. E esse conflito é o melhor: ele precisa matar para saciar um ímpeto dentro de si, facilmente compreensivo para um obsessivo.

E seu detalhismo quase surreal, mostra uma humanidade que todos nós deveríamos ter. Suas certezas são tão óbvias, que quase nenhum de nós conseguiria pensar nas coisas como ele.

Acredito que por vezes, me sinto assim, e sei que não estou sozinho. Creio em outras pessoas, perdidas na multidão que fingem sentir e riem e se divertem e vivem. Do lado de dentro, um riso melancólico. Uma risada de chacota, direcionada àqueles que acham que tudo gira bem.

Por fim, Dexter descobre que também é humano e também sente de verdade. E aí, ele me pareceu um personagem real. Algumas coisas, alguns sentimentos, simplesmente não podem ser dissimulados. E desses, fujo. Mas de vez em quando cedo. E fico quase feliz.

"Todos escondem quem são pelo menos por parte do tempo. Às vezes você enterra essa parte de si mesmo tão fundo, que precisa ser lembrado de que ela está lá. E às vezes você só quer esquecer quem você é de vez."

I’ve got a monster in my closet
Someone’s underneath my bed
The wind’s knocking at my window
I’d kill it but it’s already dead.
I used to wonder why he looked familiar
Then I realized it was a mirror
And now it is plain to see,
The whole time the monster was me.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

carpe noctum

Não dá pra negar. Este carpe diem que ostento nas costas, deveria ser carpe noctum. Afinal o 'aproveite o dia' é algo que quase nem conheço. As noites são indispensáveis para mim. O tempo passa e sempre há algo a fazer. Leio, troco discos nas pick ups, converso com amigos, vejo minhas séries. E não quero dormir.

Eu gosto do sol, notem. Mas nem sempre sobre o topete. A claridade me irrita, quase sempre. É a velha história hype de ser fotofóbico e usar isso como desculpa para não tirar as lentes escuras mesmo em ambientes fechados.

A noite é a melhor companheira dos discretos, de quem não faz questão de ser notado. Viver só tem significado, quando existem testemunhas para se lembrarem de você. Isso é óbvio. Mas se você acredita que não é preciso ter todo o resto do mundo como audiência, a noite é o seu habitat. É o meu, definitivamente. Apesar de passar boa parte desse tempo em casa, acabei conseguindo amigos que vivem como eu, pela e para a noite. E acabei conseguindo um hobby que, na grande maioria das vezes, me dá uma boa desculpa para ficar acordado até tarde.

E eu nem precisei me prostituir pra poder ficar na rua à noite. Não é maravilhoso?

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

it hurts

E por um mês inteiro, completo, sinto diferenças no meu batimento. Abusando de toda a sorte de sensações, acabei experimentando aquela que poucos desejariam. Envolver, buscar, acostumar, expectar, enfim. Nada pode ficar como está. O mundo é movimento e se assim se faz, estática é morte.

O movimento ao qual cedi é a reação natural. Nada de racionalizar. Emoção, pra variar.


I only want the truth,
so tonight we drink to youth.
I never lose what I had as a boy.
Sometimes when I’m alone I wonder:
is there a spell that I am under
keeping me from seeing the real thing?

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

em atenção ao álcool

Às vezes é necessário ser idiota o suficiente a ponto de sentir carência de uma rápida fuga da realidade. Eu recomendo o álcool. Realmente funciona. Você passa ótimos momentos de desprendimento e diversão. Mas voltar à realidade pode ser deprimente.

Hoje eu preciso de álcool.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

a.a.

Eis que durante esse último período de feriados, aproveitei para mudar um pouco a rotina. Cansei do carão de costume e caí na denominada 'causação'. Regada a álcool, notem.

Apresentado ao tal do Absinto pelo amigo e fornecedor alcoólico Wellington, percebi que beber ajuda a motivar um pouco mais os festejos. Durante o carnaval, aproveitei a desculpa e caí de cabeça. Comecei na segunda com um Smirnoff Ice e terminei na terça, com muita dor de cabeça e faixas de pedestres móveis. Passei pelo Absinto, Vodka pura, Vodka com Energético e culminei numa cachaça alemã - da qual não me lembro o nome.

Mas o melhor de tudo é que, para um primeiro dia de vida com ressaca, eu lembro de cada passo e cada momento. Dancei quase tudo, acompanhado do igualmente ébrio Freeky.

Mas minimal, não deu. Nem bêbado.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

movimento do submundo

Restando apenas um dia para findar esta festa, tenho que dizer: muita coisa boa fez valer a pena. Pessoas agradáveis - claro, sem contar com a quase briga de hoje -, gente feliz, música (nem sempre) muito boa e o melhor e mais óbvio, amigos.

É impressionante o que os amigos e uma pequena quantidade de álcool podem fazer por você. Não, não falo de esbórnia. Falo de amizade mesmo, diversão, alegria. Tá soando meio 'trance', eu sei, mas não é pra tanto. Ainda sou anti-social, ainda sou urbano e anti-hippie. Só quero uns fins de semana como esse, para poder aproveitar a companhia de tanta gente boa que acaba se tornando importante na minha vida assim, de graça.

E a minha pista? Ah, pode falar o que quiser, mas lá de onde eu tava, lá de cima, eu vi. Foi a pista mais bonita da festa.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

I need you

Estranho como nunca havia refletido sobre como ficou estreita a minha relação com a música. Enquanto público, sempre fui de me deleitar com alguns sons, sempre delirando em algum momento na pista, com uma daquelas de arrepiar.

Ontem, por um momento senti isso, com uma das minhas preferidas atualmente. Mas nem notei quão raros são esses momentos nowadays. E durante uma conversa despretensiosa, refleti por um segundo e fiquei deprimido.

As músicas que levo hoje para o público nos meus sets são aquelas que mais me emocionavam, tocavam, me deixavam sensibilizado e me recordavam bons momentos. Hoje, diante dos toca-discos, elas me parecem apenas pequenos quebra-cabeças, divididos por compassos de 64 beats e viradas de vocal e timbre. Depois de certo tempo, aquela relação sentimental que eu tinha com essas faixas, foram transplantadas para as pessoas que me ouvem e das quais tanto faço questão. Até mesmo as desconhecidas.

A pista é, agora, a purgação das emoções que eu sentia ali, no momento do arrepio dos pelos por todo o corpo. É o mais natural. Antes, a entrada dos vocais ou o início daquele teclado sempre me emocionavam. Agora, o que me emociona é ver que algumas pessoas, um quase-nada desse mundo sem limites, também conseguem sentir aquela mesma emoção naquele mesmo instante, eternizado para mim.

Eu preciso da minha pista.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

ah, o verão...

E a frase do mês é?
Claro! "Ah, o verão..."

Tsc.

Como já dizia o filósofo, "ah, o verão..." é a cabeça do meu p#%!
Porque? Três bons motivos, devidamente detalhados:

Eu quero uma nuvem densa e seca, inibindo todo e qualquer raio de sol que tenta me ferir o olho. Claro, ainda assim eu usarei o velho aviador espelhado, mas preciso de tempo nublado. Me possibilita caminhar na rua durante o dia sem suar feito um idiota. E faz com que as pessoas cheirem melhor. Não é suficiente?

Eu quero chuva, enquanto durmo. Aquele barulho prazeroso de gotas no telhado, desenhado pelos deuses para propiciar o melhor sono possível. E as pessoas ficam mais calmas, descansadas. Não é suficiente?

Eu quero frio. Gente cheia de casacos e cachecóis, banindo as peças de roupas inventadas pelo lado negro da força como camisetas regatas, shorts e havaianas. Porque no frio as pessoas ficam mais bonitas. Vai dizer?

"I'm only happy when it rains
I'm only happy when its complicated
And though I know you cant appreciate it
You know I love it when the news is bad
Why it feels so good to feel so sad"

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

reflexões ou fatboy #3

A primeira reflexão sobre "como me tornei um estúpido" surgiu mesmo antes de finalizar a leitura. E é musical.

Será a ignorância uma virtude? Não falo no sentido ofensivo de ignorância, estupidez. Falo da percepção para determinadas coisas. Nem todos possuem e ela só surge com o tempo. Vejam meu exemplo esclarecedor: ontem, no day after da apresentação de Fatboy Slim em Brasília, em todos os lugares podiam ser lidas mensagens positivas sobre o DJ. Entre inúmeros adjetivos, jazia a ignorância a qual me refiro. Não é querer demais. Quando você dança, suas pernas percebem o descompasso numa mixagem mal feita; o corpo nota a falta de perícia do DJ; sim, você perde o ritmo.

E quando você nota tudo isso e perde alguns minutos para recuperar novamente o ânimo pra dança, vem aquela idéia da 'ignorância salvadora' (a velha explicação para a traição de Cypher). É, dá saudade de tempos quando tudo o que estava ao redor era mais importante que a música e você nem notava as borradas do DJ. Saudosos os tempos de dança non stop. Quando a vibração da multidão ou qualquer outra coisa era o motivo.

A inteligência tem mesmo traços de doença. Separa as pessoas e exclui algumas boas possibilidades de nossas vidas.

Enfim, Fatboy Slim não foi bom. Mas tudo bem. O Damillanesa foi pior...

domingo, 11 de fevereiro de 2007

the best

Enfim, foi ruim o Fatboy Slim.
Carismático? Claro. Mas não acertou NENHUMA. Nossa senhora dos DJs que me perdoe, mas foi bem fraco. O repertório pra agradar a trupe de infantes até funcionou, mas a má utilização dos toca-discos apagou tudo, pra mim.

fatboy e outros

Acabei de decidir. Vou ver Fatboy Slim pela segunda vez. Não que tenha graça, mas domingo é dia de morgação e eu já morguei demais. Não é a melhor das opções, principalmente na capital provinciana do Brasil, onde as pessoas tendem a crer quando lêem 'melhor DJ do mundo'. Toda a cidade para e vamos lá, ouvir algumas viradas programadas e outras sambadas, observando ao vulto no telão iluminado.

Particularmente, acredito que esse evento deveria acontecer durante a tarde. É quase um show de axé, já posso até ver. E se vacilar, ainda ouço os vocais da nossa 'axélica' Daniela Mercury em alguma desgastada mistura de estilos. Música eletrônica vs. regionalismos brasileiros. E a preguiça?

Preferia ver o filme do pelé ou mesmo ficar em casa ouvindo a nova 'aquisição', o álbum da banda Razorlight. Músicas fáceis. Eu nem sempre gosto de coisa assim, mas essa já consta na aba dos favoritos. Cinco estrelas no iPod. Aliás, falando na Apple, o Steve Jobs não soltou uma nota criticando a proteção de arquivos vendidos pela Internet? E viva a pirataria. Pobre da Sony, EMI, Universal e cia(s).


O divertido da festa de ontem foi a peleja de um garoto para conseguir arrancar alguns beijos da loirinha na rede. Foi divertido conjecturar sobre as possibilidades de represália para as inúmeras tentativas do pobre de um beijo, impedidas por um simples movimento de esquiva com a cabeça. Não dá, né? Esquivada de cabeça é foda. Deveria ser respondida com uma saída estratégica. Ou talvez com uma cuspida no olho...

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

barrados no baile

O grande problema de ser barrado na porta da festa é achar que você é VIP e no pior momento descobrir que não é. Você sai de casa, encontra o produtor da festa, a figura OFERECE o VIP e você aceita. No instante mágico que separa o "estou na rua fria" do "cheguei à pista quente", você descobre que o seu nome nunca chegou às mãos da hostess. A cara vai ao chão e você pensa: vou pagar, afinal, estou longe de casa e sem casaco. Mas e o sangue esquentando, por conta da cara-de-pau do mau colega que surge se desculpando porque sua entrada não é franca? Aí, você já passou a humilhação inicial e nem quer mais festa. Aliás, você nem gosta do som que rolava. Aliás, você nem gosta do produtor da festa. Mas que diabos... ?

Eu nem sou daqueles que não paga, vejam. Pelo contrário, apóio e pago sempre que posso. Mas VIP oferecido e não-concedido é algo muito pouco bom. Descobrir isso na porta é pior.

De música de fundo o "chord.wav" (aquele barulho de 'pããã!' que o windows faz quando cagou tudo e deu erro).

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Como me tornei um estúpido

Logo no primeiro parágrafo:

"Hoje, aos vinte e cinco, na expectativa de uma vida mais tranqüila, Antoine tomou a decisão de cobrir o cérebro com o manto da estupidez. Ele constatara muitas vezes que inteligência é palavra que designa baboseiras bem construídas e lindamente pronunciadas, e que é tão traiçoeira que freqüentemente é mais vantajoso ser uma besta que um intelectual consagrado. A inteligência torna a pessoa infeliz, solitária, pobre, enquanto o disfarce inteligente oferece a imortalidade efêmera do jornal e a admiração dos que acreditam no que lêem."

Pode? E eu nem tinha lido essa parte quando escolhi o livro. Li apenas a descrição na orelha.
Tesão de ler. Vamos ver.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

hell hath no fury...

Em meio a um turbilhão de emoções, as certezas se perdem.

Mente vazia, oficina do diabo

Freqüentemente notamos que essas máximas não foram criadas à toa. Estava eu, navegando por blogs quando me sobe uma janela de notificação de msn com uma pessoa com um nick aparentemente comum. Motivado por esse 'aparentemente', escrevo. Na verdade, isso é mais um apelo que um post.

Nos tempos antigos, quando os dinossauros dominavam a terra e o homem conseguiu inventar a intercomunicação entre computadores, os primitivos foram responsáveis pela utilização de um símbolo, provavelmente criado nas paredes das cavernas. No Brasil, este símbolo recebeu o nome de 'arroba'. Imagine como era o interior de uma montanha, cheia de desenhos e símbolos e um '@' completando. Imaginou? Pois é. Esse símbolo foi criado, no início da comunicação cibernética por uma figura chamada Ray Tomlinson, criador do correio eletrônico. Aliviando o homem de ter que utilizar apenas pombos-correios, esse revolucionário permitiu que fosse criado em seguida, a mala-direta online, ou seja, a merda do SPAM... Enfim, esse não é o ponto.

O 'éks' da questão é que o tal do arroba, virou substituto da boa e velha 'barra', sem o menor sentido. Acredito que seja um resultado de planos diabólicos arquitetados pelo lado negro da força. Lutando contra os algozes do bom senso, informo a quem possa interessar que o '@' (leia-se arroba) foi criado para substituir em endereços eletrônicos a preposição 'at'. No português, seria 'em'. Não entendeu? É assim, seu no e-mail ó: juca@provedor.com. O 'juca' é sua identificação única. Seu nome, percebe? E o '@' tá aí pra dizer EM qual provedor você possui essa conta de e-mail. Leia-se 'juca at provedor dot com' ou 'juca em provedor ponto com'. Claro que estamos ignorando o sentido inicial para os de língua portuguesa, a indicação da unidade de medidas arroba.

Acredito que muita gente já saiba. Mas espalhem pelo menos para pequenos círculos de amigos para que evitar o meu desconforto ao ver um nick do tipo "Juca @ de bom humor" ou "Juca @ 12/11 em Sampa". Essa estupidez geral, advento da maravilha tecnológica da Internet, sabe? Espalhem que bodes assassinos podem invadir o país através do uso indevido do arroba.

Tá. É ócio mesmo, mas às vezes, criativo.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

'cause you're so nasty

Eis que assumo meu apreço pela cultura pop e resolvo fazer um test drive no CD novo do Robbie Williams. Surpreendeu, confesso. Ficou nos 50%-50%. Muita coisa pra fazer coreografia no palco, com um monte de jovens disfarçados de descolados, claro. Mas algumas parcerias e algumas faixas foram bem arquitetadas. Além de duas parcerias com os Pet Shop Boys, em duas faixas de nome realmente atrativos. "She's Madonna" e "We're the Pet Shop Boys". Quem precisa de criatividade?

Mas várias referências às bases e influências da música eletrônica compensaram o download. Ele não perde imagem de 'I wannabe american', mas dá pro gasto.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

periferia é periferia

Quando você percebe que mudou-se para um lugar estranho, no qual sempre chega e do qual sempre sai desconfiado e onde a chuva invariavelmente acaba com a maravilha tecnológica da energia elétrica, é que descobre o real conceito de periferia. Depois de mais uma jornada de esbórnia regada à sinuca, sou recebido pelo breu total. Bato o recorde de abre-o-portão/estaciona-o-carro/fecha-o-portão. Exatos 48 segundos, dez a menos que o habitual. Corre malandro, porque pra me pegar tem que ser rápido!

E mais alguns 25 minutos de espera, procurando páginas não utilizadas numa revista velha de palavras cruzadas. Tá na hora de assistir Supernatural, no escurinho do quarto. Pelo menos - ainda que à rivelia - hoje eu rezei.

Câmbio, desligo.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

do the job

Eis que a carência da escrita, somada ao ócio e à independência cibernética combinaram-se e surgiram simultâneas. Situação ideal para voltar a blogar.

Hoje é um dia doloroso. Lanternagem em tatuagem antiga e tatuagem nova, com temática musical são a notícia do dia. Nada de original ou engraçado. Apenas um pontapé inicial para um novo blog. Escape do marasmo, ao som de prog-house, que não é a minha praia at all, mas faz o trabalho.

A seguir, um set novo, com cara de Laboratório, pra quem gosta de peso logo no começo da noite.