Mostrando postagens com marcador intro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador intro. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

novo de novo

Ok, chegou o ano novo. Vamos ver se meu ânimo se renova com a desculpa de uma festa de reveillon regada a muito àlcool. Claro, àlcool em quantidades moderadas é sempre bom. Em quantidades excessivas é sempre ótimo, desde que role um amigo da vez. Mas... não é de vodka que quero falar.

Nem sei o que estou fazendo aqui, a bem da verdade. Mas "é com imenso prazer que pego neste teclado para digitar essas bem justificadas linhas". Puta, estou velho mesmo. Pra entender essa piada, provavelmente a pessoa precisa ter nascido na década de 80, ou menos. Velhices à parte, sinto falta de escrever. Não sei o que me trouxe essa onda de desmotivação do meio pro final de 2008. Talvez uma estranha nostalgia de coisas que de fato nunca tive, mas pensei ter; ou talvez o meu "foda-se-ômetro" tenha se quebrado e mandei tudo às favas em quantidade maior que a necessária. Quer saber? O motivo nem me interessa. Só sei que quem inventou essa de reveillon sabia o que fazia. A gente realmente cai nessa marmota de "tudo novo" e cria um pouco menos de razões para ficar na inércia.

E eu estou nela há algum tempo. Em 2008 fiz muitas coisas boas (mas sem futuro) e poucas ruins, mas eu sempre consigo me superar nas ruins. As últimas das quais me lembro foi falar umas besteiras sobre alguém e fumar aquele troço nojento, tudo no mesmo dia. Descobri que ambas não são pra mim. Ao menos uma delas me trouxe algo bom, que foi uma pontinha de paz. Ao fazer merda, a gente acaba conhecendo um pouco mais sobre nós mesmos.

O fato é que 2009 tá aí, eu estou menos à toa, lendo mais e feliz por ter ganho no meu aniversário o livro "Feliz de Verdade" de Scott Mebus (valeu emo!). Divertido e descontraído, sem final clichê, levou SEIS MESES pra ser lido. O último post, inclusive foi uma passagem dele. Foi um parto ler em 2008, mas em 2009 começo logo por "Neuromancer", para atender à minha promessa de ano novo de ler mais clássicos.

E saindo da inércia no último dia do primeiro mês, vou, finalmente, me envolver novamente na organização de uma festa. Espero que 2009 dê certo. Não vou falar de amor agora para deixar algo para depois e não contaminar esse post com minha boa dose de pessimismo sobre o assunto.

Valeu a quem ainda perde tempo vindo aqui. ;)

quinta-feira, 13 de março de 2008

the ego

Eis que refletindo, notei que migrei de um eu totalmente anti-social para um alterego sociável e otimista. Notem, nada daquelas coisas extremamente sorridentes que dão nojo em qualquer cristão ou pagão. Apenas alguém um pouco mais 'suave', aberto à vida em sociedade.

Obviamente, muito disso é conseqüência da entrada do álcool no cardápio dos fins de semana. Mas talvez um pouco também seja resultado de uma vontade inconsciente de socialização. Mais precisamente, uma fuga da solidão e da reflexão excessiva. Às vezes o caminho natural é o contrário, a introspecção, o isolamento. Como todo ser que envelhece, fica-se rabugento e exigente, controlador e seletivo, manipulador e observador... Não que eu tenha abandonado esse lado obscuro e delicioso. Só que esse é um daqueles momentos em que a busca principal é por movimento, por efemeridade, diversão e companhias calorosas.

No fim das contas, é triste, mas real: a gente é tão egoísta que não quer ficar só porque pensamos apenas em nós mesmos.

sábado, 19 de janeiro de 2008

momentos

Uma semana depois do Laboratório, eu começo a refletir sobre o quanto é feliz e ao mesmo tempo triste lembrar de momentos bons que passaram. O triste de tudo é saber que eles passaram. Ficar lembrando e pensar que nenhum momento se repete com a mesma intensidade pode deixar a gente meio melancólico.

O positivo disso tudo é saber que aqueles momentos aconteceram e encheram nossas cabeças de alegria por algum tempo. As boas recordações são a parte mais importante do que a gente chama de 'nossa história'. 2008, pelo menos, começou um pouco mais agradável que o ano passado. Os momentos iniciais trouxeram mais alegrias que tristezas e eu até tenho uma pontinha de otimismo para esse ano. A palavra de ordem agora é movimento. Tá na hora de começar a me mexer e fazer algumas coisas por mim mesmo.

Tempo de despertar.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

novo ciclo

Eis que mais um ano chega ao fim. Refletindo brevemente sobre 2007, poderia julgar o ano como um ciclo de aprendizado. Algumas coisas a gente aprende rápido, de boa vontade. Mas outras coisas a gente aprende na pancada. Os dois meios podem ser eficazes, mas o último deles sempre é mais rápido.

De fato, conheci muita gente nova e muitas coisas aconteceram. Redescobri amigos, visitei lugares e toquei em algumas festas. Nada se compara à presença dos amigos como companhia em todas essas viagens e passagens por lugares. Eu realmente não gosto de ver o tempo passar ficando à toa. A agenda tem que estar meio cheia, senão fico com aquela sensação idiota de que estou perdendo tempo e não estou vivendo da melhor maneira possível.

Talvez seja sinal da idade ou de uma espécie de maturidade que ainda não reconheço completamente, mas é, definitivamente, um periodo de descobertas que me agrada. Espero que 2008 traga uma reprise de muitos momentos bons que tive nesse ano e traga algumas boas surpresas e novidades. As coisas ruins que aconteceram magoaram, feriram, mas a gente cai pra aprender a se levantar. É isso, aqui estou, ainda de pé.

Desejo a todos aqueles que fazem parte da minha vida um 2008 com tudo aquilo que desejo pra mim! Good vibes, baby!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

sobre boas maneiras

Por que precisamos dessas tais boas maneiras?

Ontem, durante o horário do lanche, pude perceber um olhar curioso de uma criança em minha direção. No exato momento que notei o guri, ele perguntava para a mãe o porquê de ele não poder colocar os cotovelos sobre a mesa enquanto alguém do lado podia. A mãe ficou numa bela saia justa, pois não conseguiu explicar para ele por estar próxima a mim e pelo medo de uma retratação da minha parte. No fim das contas, a minha vontade era dizer pra ele que o único certo da história era ele mesmo, por questionar essas bobagens que a gente ouve e tem que seguir.

Cotovelo em cima da mesa, para mim, é sinal de conforto e não de falta de educação. É aquela velha história dos costumes... Se todo mundo fosse ensinado desde criança a colocar brincos nas sobrancelhas, furar a orelha seria coisa de gente underground, e a abominável prática de perfuração auricular seria considerada hedionda por todas as tradicionais famílias brasileiras. Viver em sociedade é mesmo uma merda.

"And if a double-decker bus crushed into us
To die by your side It's such a hevently way to die
And if a ten-ton truck kills the both of us
To die by your side
Well the pleasure and the priviledge it's mine
"

quarta-feira, 27 de junho de 2007

scoop

Bom, eu não conseguiria escrever uma crítica jornalística exagerada sobre esse último filme de Woody Allen, contemplando todas as nuances da resenha especializada. Mas eu conseguiria dizer que é um filme divertido, fácil e que entretém.

Ora, que ódio é esse que os especialistas em cinema têm de uma comédia sem grandes pretensões. E cá entre nós, Allen está mais que hilário no papel de um velho mágico, cheio de cartas e truques. Sem contar com a presença de Scarlett Johansson, que mesmo de óculos redondos, não deixa de ser a mulher mais sexy da atualidade.

Quanto à vida, tudo anda, tudo muda e vamos pra frente. Parece que há uma boa nova, para agosto. Uma gig daquelas...

=]

sábado, 26 de maio de 2007

fuckin' bad luck

Ontem peguei o carro na concessionária. Hoje acabaram de bater nele de novo, parado, na porta de casa. Ain't life beautiful?

sábado, 19 de maio de 2007

bollocks...

Em meio a tanta expectativa para a tech-tronic, deu um tempinho para vir ao meu blog cheio de teias. Nada pra falar mesmo, só escrevendo pra relaxar um pouco as mãos que estão meio tesas por conta do frio somado a um leve nervosismo.

Deve ser tensão/tesão pré-festa grande. Espero me acostumar a essa sensação.

terça-feira, 1 de maio de 2007

a boa rotina

Certas coisas acabam, inevitavelmente, tornando-se rotina em nossas vidas. Algumas são daquelas que incomodam, mas nem todas. Presenciei, certa vez, um amigo discutindo sobre isso e os argumentos que ele utilizou pareceram incoerentes para os outros, mas não pra mim.

Eu sei bem o que é se apegar a alguns rituais rotineiros e fazer com que se tornem um prazer diário.

A hora do primeiro cafézinho da tarde, por exemplo, é algo essencial para o bom andamento do meu dia. O lanche às 16h, também. É a hora que eu saio para a lanchonete do prédio com dois companheiros de trabalho que já passaram dos 50 anos e vejo mais ou menos como é a vida quando se tem um monte de responsabilidades a mais. E é divertido ver que tem gente de bom humor com essa idade.

Minhas rotinas noturnas têm se resumido a uma rápida passagem pela Internet.

Enfim... coisas que acabam fazendo parte de uma série de costumes e nem sempre são negativas como as pessoas pensam. A palavra nem traz todo esse sentido ruim, como parecia, afinal.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

positive vibes

Ontem assisti "O Segredo". É um documentário sobre atrair coisas boas para a vida. E logo no dia seguinte, já passo pelos meus testes, daqueles que aparecem pra gente ver se entendemos mesmo o espírito da coisa e por em prática o uso desse 'segredo'.

Comecei perdendo minha carteira. Fui encontrá-la no Giraffas da 209 norte, onde tinha lanchado na noite anterior. Ainda existem pessoas boas por aí e elas não são poucas. Tudo no lugar. As boas vibrações funcionam mesmo.

E agora há pouco bati o carro. Vamos colocar esses ensinamentos em prática, né?

Para o alto e avante. Afinal, acabo de receber uma ótima notícia: toco na Tech-Tronic desse ano. Sempre acontece algo de bom. A gente só tem que desanuviar a mente pra poder enxergar.

A música de agora eh a que vai ficar pro post:

"Seemed to stop my breath
My head on your chest
Waiting to cave in
From the bottom of my...
Hear your voice again
Could we dim the sun
And wonder where we've been
Maybe you and me
So kiss me like you did
My heart stopped beating
Such a softer sin

(I'm melting, I'm melting)
In your eyes
I lost my place
Could stay a while

And I'm melting
In your eyes
Like my first time
That I caught fire
Just stay with me
Lay with me
Now"

sábado, 31 de março de 2007

turning my ego up

Não tenho muita vergonha em dizer que estou numa fase pouco altruísta da minha vida. Às vezes esse tipo de bobagem se torna necessária quando sua auto-estima não está lá pelas nuvens. Daí, atitudes egoístas e pouco construtivas acabam tomando conta da situação. Não que a gente se torne escravo do 'destino'. Eu não acredito muito nele. Nós simplesmente abrimos espaço para uma gama de opções idiotas e prezamos para que elas permaneçam continuamente como as melhores escolhas do nosso caminho.

Não que isso tenha algo a ver com alguém, além de mim mesmo. Mas de quando em quando, é bom colocar isso pra fora sem ter alguém monossilábico do lado, se expressando por meio de "só!", "foda!" ou "que merda...".

quinta-feira, 29 de março de 2007

people of the universe

Não me surpreende, mas me impressiona a necessidade que nós humanos sentimos em estar com outras pessoas. Me faz refletir sobre isso a recente viagem que fiz, ao lado dos meus dois grandes amigos. Anteontem, jogando sinuca enquanto esperava meu parceiro Fernando, também pude ter um vislumbre disso tudo.

As pessoas nos olham diferente, quando estamos sozinhos e nos portamos de modo diferente. Poucos sorrisos, olhares dispersos, reflexão demais. Dá a impressão de sermos perdidos, motivo de conversas e de julgamentos prévios.

Daí chego à música. Mais me impressiona a quantidade de pessoas agradáveis, divertidas e de espírito positivo que vivem por aí, pelo país afora. A gente nunca tem a real noção de que vai sentir saudades de colegas que se tornam amigos em tão pouco tempo. O fato de termos raras oportunidades de ver essas pessoas acaba por nos ensinar a valorizar esses preciosos momentos nos quais estamos na presença delas.

Quando se é anti-social como fui até pouco tempo atrás, se tem aquela impressão estúpida de auto-suficiência e de saciedade em relação às pessoas. No momento em que essa carapaça de ilusões independentes cai, notamos que, quanto mais amigos, mais gente de valor entra na nossa vida, mais vale a pena viver.

Hoje eu queria que o mundo fosse um pouco menor.

segunda-feira, 26 de março de 2007

trippin'

E a viagem para Araraquara chegou.

Começamos cedo, na madrugada de sábado, caindo na estrada logo de cara. Comecei no volante, e fomos conversando, comendo e zuando ao som de fuckin' emocore. A diversão, claro, por conta da zuação mútua que sempre impera quando os três amigos estão reunidos.

É engraçada essa história de amizade. De repente, você se sente mais em casa no meio de pessoas que não acompanharam toda a sua vida, pelo simples fato de ter muito mais em comum com elas. Daí me lembro de uma das frases maconho-reflexivas do Planet Hemp: "Família não é sangue, família é sintonia."

A festa não lotou. Mas tinha um bom público por lá na hora do meu set. Desistimos do back-to-back em quatro decks e eu fui me aventurar. O jungle não fez o efeito que eu esperava, então foi hora de apelar para um pouco de drum'n bass e para as "cartas na manga". As que funcionaram, de verdade, foram só o bootleg de "Welcome to Jamrock" e o remix de "LK". O resto, só pareceu ter agradado mesmo aos conhecedores. Mas uma boa parte da pista se manteve dançando, o que para mim deixa um resultado positivo. Fiquei feliz, afinal. Se você agrada uns dois ou três, a ponto deles virem te agradecer, é o suficiente.

O que me surpreendeu foi a qualidade dos DJs da cidade. Sem falar na seleção de repertório. Se aquela festa acontecesse em Brasília, provavelmente seria recorde de público satisfeito. Ouvi "Gipsy Boy, Gipsy Girl", "Love Commandments", "Voodoo People", "Witch Doktor" e várias outras das quais nunca soube o nome. Todo mundo mixando bem. Clássicos mesmo. Só o que foi meio chato foi o hard techno. Achei os sets muito puxados, num som sem melodia que realmente me deixou meio sem saco. Fiquei nas vodkas, entretido entre o rebolado da grandona-de-saia-branca e as pernas da grandona-de-vestido-lilás. Mas a mais atraente, pra mim, era a japinha-de-rabo-de-cavalo-roxo. No fim da festa, resolvemos ir embora.

Na estrada, com amigos, diversão garantida novamente. No fim, é bom dar uma volta por outros lugares, conhecer gente nova, reencontrar amigos que valem a pena e viver com um pouco de irresponsabilidade. Afinal, a vida não é uma festa da qual só saíremos mortos?

"Let me take you on a journey
a journey full of sound and peace
one that'll lead you down
way down

(and the way you make me feel)"

sexta-feira, 23 de março de 2007

mornings, trips & tragedies

Já havia me esquecido de como era acordar no começo de uma manhã. Toda a beleza de ver um dia nascendo, de ver o sol crescer fraquinho do horizonte, até chegar a clarear tudo. Sair de casa enquanto a grande maioria ainda dorme. Essas coisas às quais não estou acostumado.

Ah, a quem estou querendo enganar?

Se houve mesmo uma represália divina à raça humana por conta do dito 'pecado original', o castigo escolhido foi o tal do horário comercial. Imaginem só? A morte não é a verdadeira punição. Acordar cedo sim. O sol dói mais, porque não importa para onde você se vire, ele vai estar direto no seu olho. O trânsito é um caos. As pessoas mal humoradas. As lojas ainda não estão abertas. Enfim...

Mas o pior mesmo é quando se dorme poucas horas antes dessa tragédia diária. Um cansaço sem descrição, regado a copos e copos de café. Mas mesmo agora, perto das nove horas, acho que já é hora de parar de reclamar.

Amanhã, Araraquara. Visitar amigos e conhecer um público diferente. Espero que esse público compareça. Contudo, o mais esperado é a viagem de carro. Ânimos para cima, atenção na estrada e muita zuação. Espero poder fazer o diário de viagem.

Apesar da alegria, ontem fui levado a refletir sobre algo mais sério: a nossa vida. É estranho o quão frágil somos, diante das intempéries às quais somos submetidos diariamente. Não tive um dia ruim ontem, mas duas pessoas próximas tiveram. E chegou a me afetar por serem pessoas queridas as envolvidas. Mas isso aqui não é novela, vamos poupar o drama. Afinal, pra morrer, só precisa-se estar vivo. E felizmente, ninguém morreu, ninguém vai ficar doente. Todo mundo vai ficar bem. A gente sempre fica.

quinta-feira, 15 de março de 2007

the used

Hoje acordei com uma vontade imensa de ouvir The Used. Acabei só realizando o desejo em casa, agora, durante a madrugada. Mas sei bem o que me motivou. Acredito que seja uma espécie de saudosismo de coisas boas que passaram. Coisas próximas.

Esse tipo de saudosismo é, sem dúvidas, causado por motivos mais que óbvios. Durante muito tempo estive acostumado à uma vida à qual resisti, nos primeiros momentos. Mas após algum tempo, consegui aceitar e até aprendi a gostar desse novo prisma pelo qual passei a ver as situações.

Contudo, o que me parece é que de tempos em tempos, a vida sacode a gente, pra termos mesmo a sensação de estarmos vivos. Chacoalha o trabalho, a família, tudo enfim, até chegar à vida emocional. Eu não queria esse 'sacode', mas ele veio e me pegou. Nessa hora, a gente perde noção das convicções (aliás, convicção é quase sempre um erro; certeza demais é coisa de gente que se abstém de um pouco de raciocínio). E quando toca essa parte delicada, quase sempre alguém sofre.

Eu sofro. Não sou de ferro. E sofro até mais, por às vezes demonstrar uma sobriedade que não me é puramente verdadeira. Mas paciência.

Só que algum desses filmes de super-herói me ensinou a valiosa lição de que a gente cai, pra aprender a se levantar. Então é assim mesmo. Hoje, me sinto um pouco mais sóbrio e seguro para ser (também um pouco) mais sincero com quem me conhece e me lê. E esse é o melhor passo para fugir da hipocrisia necessária (para mim).

Queria mudar de assunto, mas não cabe. Sofrer ajuda, às vezes.

Cantar ajuda mais.


"
I need something else
Would someone please just give me
Hit me, knock me out
And let me go back to sleep
I can laugh
All I want inside I still am empty
So deep that it didn't even bleed and catch me I...

I'll be just fine
Pretending I'm not
I'm far from lonely
And it's all that I've got
"

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

seriados e psicopatas

A TV pode ser positiva. Depois de alguns meses de ócio regado à programas e filmes de TV, pude conhecer um seriado que me interessou. Isso aconteceu em 2004, quando da estréia de 'Lost' no Brasil, no canal a cabo AXN. Fui capturado pela imensidão de mistério e originalidade que este seriado trouxe, a exemplo de poucos. E fiquei adito.

E após quase toda a primeira temporada, antes de 'Lost' cair nas graças da massa (aquela velha vontade de ser underground, precursor, old school e essas frescuras), conversei com um amigo que me disse algo interessante. Ele me alertou sobre a fidelidade a uma só série. E disse que havia uma 'série de séries' que valiam a pena. Fui à captura. Conheci 'Prison Break'.

Não me identifico com personagem nenhum dos dois seriados, notem. Sou muito egoísta pra ser comparado a Jack Sheppard e muito estúpido para ser Michael Scofield. Mas o interesse pela continuidade foi o maior determinante para aderir as duas aos meus favoritos. Este segundo seriado é ainda mais intrigante e tenso. Desperta a adrenalina, sem sombra de dúvidas. E após algum tempo, notei que poderia ainda ser fã de outras dessas novelas. Vieram 'Supernatural', a finada 'Invasion', mais adiante vieram 'The 4400' e 'Heroes'. Todas me fidelizaram. A última foi 'Jericho'.

Mas uma delas, da qual só fui saber há menos de um mês, me enfeitiçou totalmente. Talvez porque tenha me tocado num momento de fragilidade inesperada, senti que finalmente me identifiquei com um personagem. E agora começa a parte mórbida deste post.

Todos temos um lado obscuro. Todos deveríamos saber que "Não existem segredos na vida. Apenas verdades escondidas... que ficam sob a superfície." E todos lutamos contra monstros que vivem dentro da gente, e nos assolam. Assim é meu protagonista e herói Dexter Morgan. O mais impressionante é que sempre tendi a acreditar muito mais na sinceridade dos anti-heróis. Mas Dexter tem um 'quê' disso (mesmo sendo O herói).

Ele não é um homem transtornado. Aceitou o seu destino há tempos. É um serial killer. Me perguntem: como pode um assassino ser herói?

Pode ser meticuloso a ponto de escolher como vítimas, pessoas que não conseguem controlar os monstros dentro de si. Dexter é algoz de homicidas, traficantes, pedófilos e outros indivíduos que vivem à margem da lei e vive sob um código de conduta, ditado pelo falecido pai adotivo. Sim, ele mata pessoas ruins. Parece alguém como Frank Castle (The Punisher), mas esse herói não mata apenas para defender os outros. E esse conflito é o melhor: ele precisa matar para saciar um ímpeto dentro de si, facilmente compreensivo para um obsessivo.

E seu detalhismo quase surreal, mostra uma humanidade que todos nós deveríamos ter. Suas certezas são tão óbvias, que quase nenhum de nós conseguiria pensar nas coisas como ele.

Acredito que por vezes, me sinto assim, e sei que não estou sozinho. Creio em outras pessoas, perdidas na multidão que fingem sentir e riem e se divertem e vivem. Do lado de dentro, um riso melancólico. Uma risada de chacota, direcionada àqueles que acham que tudo gira bem.

Por fim, Dexter descobre que também é humano e também sente de verdade. E aí, ele me pareceu um personagem real. Algumas coisas, alguns sentimentos, simplesmente não podem ser dissimulados. E desses, fujo. Mas de vez em quando cedo. E fico quase feliz.

"Todos escondem quem são pelo menos por parte do tempo. Às vezes você enterra essa parte de si mesmo tão fundo, que precisa ser lembrado de que ela está lá. E às vezes você só quer esquecer quem você é de vez."

I’ve got a monster in my closet
Someone’s underneath my bed
The wind’s knocking at my window
I’d kill it but it’s already dead.
I used to wonder why he looked familiar
Then I realized it was a mirror
And now it is plain to see,
The whole time the monster was me.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

carpe noctum

Não dá pra negar. Este carpe diem que ostento nas costas, deveria ser carpe noctum. Afinal o 'aproveite o dia' é algo que quase nem conheço. As noites são indispensáveis para mim. O tempo passa e sempre há algo a fazer. Leio, troco discos nas pick ups, converso com amigos, vejo minhas séries. E não quero dormir.

Eu gosto do sol, notem. Mas nem sempre sobre o topete. A claridade me irrita, quase sempre. É a velha história hype de ser fotofóbico e usar isso como desculpa para não tirar as lentes escuras mesmo em ambientes fechados.

A noite é a melhor companheira dos discretos, de quem não faz questão de ser notado. Viver só tem significado, quando existem testemunhas para se lembrarem de você. Isso é óbvio. Mas se você acredita que não é preciso ter todo o resto do mundo como audiência, a noite é o seu habitat. É o meu, definitivamente. Apesar de passar boa parte desse tempo em casa, acabei conseguindo amigos que vivem como eu, pela e para a noite. E acabei conseguindo um hobby que, na grande maioria das vezes, me dá uma boa desculpa para ficar acordado até tarde.

E eu nem precisei me prostituir pra poder ficar na rua à noite. Não é maravilhoso?

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

it hurts

E por um mês inteiro, completo, sinto diferenças no meu batimento. Abusando de toda a sorte de sensações, acabei experimentando aquela que poucos desejariam. Envolver, buscar, acostumar, expectar, enfim. Nada pode ficar como está. O mundo é movimento e se assim se faz, estática é morte.

O movimento ao qual cedi é a reação natural. Nada de racionalizar. Emoção, pra variar.


I only want the truth,
so tonight we drink to youth.
I never lose what I had as a boy.
Sometimes when I’m alone I wonder:
is there a spell that I am under
keeping me from seeing the real thing?

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

I need you

Estranho como nunca havia refletido sobre como ficou estreita a minha relação com a música. Enquanto público, sempre fui de me deleitar com alguns sons, sempre delirando em algum momento na pista, com uma daquelas de arrepiar.

Ontem, por um momento senti isso, com uma das minhas preferidas atualmente. Mas nem notei quão raros são esses momentos nowadays. E durante uma conversa despretensiosa, refleti por um segundo e fiquei deprimido.

As músicas que levo hoje para o público nos meus sets são aquelas que mais me emocionavam, tocavam, me deixavam sensibilizado e me recordavam bons momentos. Hoje, diante dos toca-discos, elas me parecem apenas pequenos quebra-cabeças, divididos por compassos de 64 beats e viradas de vocal e timbre. Depois de certo tempo, aquela relação sentimental que eu tinha com essas faixas, foram transplantadas para as pessoas que me ouvem e das quais tanto faço questão. Até mesmo as desconhecidas.

A pista é, agora, a purgação das emoções que eu sentia ali, no momento do arrepio dos pelos por todo o corpo. É o mais natural. Antes, a entrada dos vocais ou o início daquele teclado sempre me emocionavam. Agora, o que me emociona é ver que algumas pessoas, um quase-nada desse mundo sem limites, também conseguem sentir aquela mesma emoção naquele mesmo instante, eternizado para mim.

Eu preciso da minha pista.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

ah, o verão...

E a frase do mês é?
Claro! "Ah, o verão..."

Tsc.

Como já dizia o filósofo, "ah, o verão..." é a cabeça do meu p#%!
Porque? Três bons motivos, devidamente detalhados:

Eu quero uma nuvem densa e seca, inibindo todo e qualquer raio de sol que tenta me ferir o olho. Claro, ainda assim eu usarei o velho aviador espelhado, mas preciso de tempo nublado. Me possibilita caminhar na rua durante o dia sem suar feito um idiota. E faz com que as pessoas cheirem melhor. Não é suficiente?

Eu quero chuva, enquanto durmo. Aquele barulho prazeroso de gotas no telhado, desenhado pelos deuses para propiciar o melhor sono possível. E as pessoas ficam mais calmas, descansadas. Não é suficiente?

Eu quero frio. Gente cheia de casacos e cachecóis, banindo as peças de roupas inventadas pelo lado negro da força como camisetas regatas, shorts e havaianas. Porque no frio as pessoas ficam mais bonitas. Vai dizer?

"I'm only happy when it rains
I'm only happy when its complicated
And though I know you cant appreciate it
You know I love it when the news is bad
Why it feels so good to feel so sad"