quinta-feira, 5 de abril de 2007

sem clipes e sem conteúdo

Um dos passos que garante alguns poucos minutos de besteirol televisivo na minha rotina diária é a hora do almoço. É o único tempo que reservo para sentar diante daquela caixa idiotizante da qual tanto fazemos questão.

Ultimamente, tenho reservado esses momentos para a Liga da Justiça. Não encontrei programa melhor para substituir esse desenho, nos vinte e poucos minutos que gasto para processar meu prato generoso. Mas como o SBT nem sempre ajuda, acabo tendo que dar uma zapeada em busca de alternativas aos episódios em reprise. E a MTV sempre me pareceu uma boa saída.

O grande problema é que eu sou daqueles poucos (?) apreciadores de clipes na TV. Não tenho muita paciência para procurar coisas no You Tube e acho interessante a aleatoriedade das seleções nos programas porque, muitas das vezes, a gente acaba conhecendo por acidente uma nova banda, que nos seduz.

Em dezembro do ano passado a emissora anunciou o fim dos clipes. Controverso, mas explicado com a desculpa de que os espectadores não têm mais nenhum motivo para dar audiência aos vídeoclipes por conta da facilidade em encontrá-los na Internet. Claro, como se todo mundo tivesse acesso (ou como se as gravadoras não ficassem proibindo clipes no YT). Mais uma forma de exclusão social.

Só que a pior parte mesmo é a grande quantidade de programas desprezíveis que a emissora conseguiu trazer para a programação, em substituição aos clipes. Tudo lixo pronto, trazido da América de Bush, com direito a toda a sorte de esquisitices. Hoje, por exemplo, assisti a um 'show' chamado "Why can't I be you?" ("Por que não posso ser você?"). O nome já me irritou, pois foi claramente plagiado de uma canção do Cure. O programa consiste em uma pessoa que 'admira' outra e gostaria 'ser como ela'. Lixo.

Lá se vão as poucas oportunidades de conhecer sonoridades novas. Sem vídeoclipe, o jeito é ficar com Last.fm.

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