Tem dias em que a gente não quer ver muita gente, não quer muita agitação. Só pra aproveitar um pouco a depressividade de não se fazer nada. Ser feliz demais não tem graça.
Daí já vem o gancho que me leva a lembrar de duas 'qualidades', na verdade apenas adjetivos, que me fazem ter preguiça de algumas pessoas. Os dois verbetes constam na letra "E" do papai dos burros.
O primeiro deles (dos adjetivos) é 'Expansivo'. O dicionário o define como 'franco, comunicativo'. Ao meu ver, define sim essa habilidade comunicacional, mas de maneira exagerada. Aliás, exagero também começa com "E". Enfim, eu tenho uma profunda preguiça de pessoas expansivas, que chegam e acham que são donas dos lugares, que falam alto, gritam pra chamar a atenção pra si, ligam o som a todo o volume e por aí vai. Essas pessoas deveriam voltar algumas páginas do amado Aurélio e optarem pelo adjetivo 'discreto'.
O outro é 'Efusivo'. Na verdade, são sinônimos, mas a efusividade caminha mais para o lado da alegria excessiva. Alegria é algo necessário para a vida. Mas além de não ter o menor saco para felicidade incontrolável, eu desconfio das pessoas felizes demais. Elas se mantém sempre alegres o suficiente para parecerem não ter motivos para sofrer ou ficarem sérias. Daí a minha desconfiança. Felicidade demais, pra mim é sinônimo de morte próxima. Se tudo anda certo demais na sua vida, amigo, comece a olhar por cima de seu ombro. Algo está a caminho. Mas pode ser apenas pra quebrar a felicidade, né? Nada tão negativo.
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