segunda-feira, 9 de abril de 2007

smashing it up

Dia de Laboratório é sempre incomum. Minha noção de surpresa acaba sempre mais positiva a cada festa como essa.

Abri, desorientado, ainda procurando o que tocar até a hora em que sobrasse algum resquício de tempo meu com a pista. Acabou que sobrou tempo mesmo.

Com a presença de um gringo no recinto, confesso que fiquei meio assustado. Surpreendente foi a reação do nosso ilustre convidado ao meu sou e ao frenesi que ele causava na pista. Deve ser estranho: você cria um som, do outro lado do mundo; nasce com ele toda uma cultura, que ultrapassa os 15 anos de existência; e o começo desta cultura, descansa em lembranças de pessoas por todo o mundo; de repente, você se vê numa festa, no meio do nada, num lugar em do qual nem se tinha conhecimento e as pessoas conhecem e apreciam aquela cultura; aquela mesma resposta às mesmas músicas que jovens ingleses ouviam há 15 anos atrás se repete, com gente que acabava de sair do jardim de infância naquela época.

Silver cantou boa parte das músicas do meu set. Covardia minha, né? Mas o que ficou claro e mais me realizou foi a surpresa do inglês ao notar naquela pista jovem, o mesmo amor e a mesma alegria de junglists do Reino Unido.

De quebra, ganhei três rewinds e um caloroso "you smashed it!", do inglês suado, logo após o seu set sinistro. Foi dançante ao extremo.

De resto, o álcool e a presença dos amigos é sempre bem-vinda. Todas pessoas muito queridas que fazem cada dia de Laboratório ser um dia mais que especial.

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